"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

abril 09, 2010

MEIRELLES "REASSUMINDO O CONTROLE"?

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O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que o BC está comprometido com o sistema de metas de inflação e isso é fundamental para o País, destacou em evento para empresários do setor financeiro em São Paulo.

Meirelles apontou que existe um engano que ainda ocorre por parte de alguns agentes econômicos no Brasil que defendem um processo de expansão forte da demanda pois "quanto mais demanda melhor", mesmo que seja num certo momento superior à capacidade de oferta.

"A demanda em última análise vai sempre se equilibrar em relação à oferta", comentou. Segundo Meirelles, essa harmonia vai ocorrer de duas formas.

"Uma delas é a inflação, sobem os preços e a demanda cai. É o controle sem controle, não tem um piloto no manche. Esta é a dificuldade desse negócio. Descontrola-se e a partir daí temos um problema de imprevisibilidade".

A outra forma de controlar a inflação, destacou Meirelles, é ter o Banco Central no manche da economia. "Evidentemente o BC não vai exagerar.

Risco de inflação

O presidente do BC destacou que no Brasil ainda há vozes que questionam até que ponto há problema em assumir um pouco mais de risco de inflação. "Na minha avaliação, tem", ressaltou, de forma peremptória.

"Um dos segredos desse crescimento que o Brasil atingiu nos últimos anos é a previsibilidade (da economia) e o fato de se ter uma inflação previsível", disse.

Debate

Meirelles afirmou que no Brasil ainda perdura "interessantemente" um debate sobre a tentativa de evitar o custo de controlar a inflação. Segundo ele, "custos sempre existem. A questão é sobre a relação custo/benefício e essa, nos últimos anos, foi extraordinária (para o País)".

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