A informação é de reportagem de Kennedy Alencar publicada na Folha desta terça-feira
Segundo a reportagem, há razões econômicas e políticas para Lula tentar adiar a alta.
Ele não quer dar à oposição munição para atacar o governo numa hora de definições no quadro eleitoral.
Do ponto de vista econômico, Meirelles disse a Lula que é consenso no Copom a elevação dos juros no curto prazo e que a decisão deve ser de 0,25 ponto percentual.
Uma ala do BC prefere aguardar o final do primeiro trimestre para ter projeção mais segura sobre a inflação.
Um outro grupo do BC alega que já existem razões suficientes para elevar a Selic.
Todos no BC concordam que a eventual elevação deve ser gradual
Pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Juros praticados no mercado para empresas e consumidores subiram pelo segundo mês consecutivo em fevereiro:
A taxa média de juros para pessoa física aumentou de 6,87% para 6,92% ao mês em fevereiro, o que representa uma taxa anual de 123,21%, a maior taxa média desde novembro de 2009.
Já a taxa média de juros no crédito para as empresas passou de 3,65% para 3,69% entre janeiro e fevereiro, o que representa uma variação anual de 54,47%, a cifra mais alta em três meses.
A taxa de juros básica do país, referência para os empréstimos, está "congelada" em 8,75% desde setembro de 2009.
Pessoa Física
A Anefac detectou que os juros praticados nas linhas de crédito oferecidas por meio de cheque especial e nas chamadas "financeiras" tiveram os maiores reajustes do período.
No caso do primeiro, o juro médio subiu de 7,32% ao mês para 7,38%, o que representa um juro anual de 135,01% ao ano.
Nas financeiras, o custo do dinheiro aumentou de 10,12% para 10,20%.
Em 12 meses, uma dívida contraída sob esses juros aumentaria 220,76%.
Os juros praticados nas linhas de comércio aumentaram de 5,79% para 5,84% (juro de 97,61% ao ano). No caso do cartão de crédito, o juro médio passou de 10,66% para 10,69% (juro anual de 238,30%).
Empresas
O maior aumento verificado no bimestre foi visto nas linhas de conta garantida (especial de cheque especial para empresas), onde o juro médio oferecido foi de 5,03% ao mês para 5,10%.
Nessas condições, uma dívida quase dobraria (81,65%) em 12 meses.
O custo médio do capital de giro aumentou de 3,12% para 3,14% ao mês (ou 44,92% ao ano).
Na linha de desconto de duplicatas, o juro médio passou de 3,19% para 3,24% ao mês (46,61% ao ano).
Folha/Online
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