"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

março 16, 2010

BC : ECONÔMICO OU POLÍTICO? INDEPENDÊNCIA?

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao presidente do BC, Henrique Meirelles, que tente evitar uma alta de 0,25 ponto percentual da taxa básica de juros na reunião de hoje e amanhã do Copom (Comitê de Política Monetária).

A informação é de reportagem de
Kennedy Alencar publicada na Folha desta terça-feira

Segundo a reportagem, há razões econômicas e políticas para Lula tentar adiar a alta.
Ele não quer dar à oposição munição para atacar o governo numa hora de definições no quadro eleitoral.


Do ponto de vista econômico, Meirelles disse a Lula que é consenso no Copom a elevação dos juros no curto prazo e que a decisão deve ser de 0,25 ponto percentual.

Uma ala do BC prefere aguardar o final do primeiro trimestre para ter projeção mais segura sobre a inflação.
Um outro grupo do BC alega que já existem razões suficientes para elevar a Selic.

Todos no BC concordam que a eventual elevação deve ser gradual
http://blogs.diariodepernambuco.com.br/economia/wp-content/uploads/2009/06/juros.jpg
Pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

Juros praticados no mercado para empresas e consumidores subiram pelo segundo mês consecutivo em fevereiro:

A taxa média de juros para pessoa física aumentou de 6,87% para 6,92% ao mês em fevereiro, o que representa uma taxa anual de 123,21%, a maior taxa média desde novembro de 2009.

Já a taxa média de juros no crédito para as empresas passou de 3,65% para 3,69% entre janeiro e fevereiro, o que representa uma variação anual de 54,47%, a cifra mais alta em três meses.

A taxa de juros básica do país, referência para os empréstimos, está "congelada" em 8,75% desde setembro de 2009.

Pessoa Física

A Anefac detectou que os juros praticados nas linhas de crédito oferecidas por meio de cheque especial e nas chamadas "financeiras" tiveram os maiores reajustes do período.

No caso do primeiro, o juro médio subiu de 7,32% ao mês para 7,38%, o que representa um juro anual de 135,01% ao ano.

Nas financeiras, o custo do dinheiro aumentou de 10,12% para 10,20%.

Em 12 meses, uma dívida contraída sob esses juros aumentaria 220,76%.

Os juros praticados nas linhas de comércio aumentaram de 5,79% para 5,84% (juro de 97,61% ao ano). No caso do cartão de crédito, o juro médio passou de 10,66% para 10,69% (juro anual de 238,30%).

Empresas

O maior aumento verificado no bimestre foi visto nas linhas de conta garantida (especial de cheque especial para empresas), onde o juro médio oferecido foi de 5,03% ao mês para 5,10%.

Nessas condições, uma dívida quase dobraria (81,65%) em 12 meses.

O custo médio do capital de giro aumentou de 3,12% para 3,14% ao mês (ou 44,92% ao ano).

Na linha de desconto de duplicatas, o juro médio passou de 3,19% para 3,24% ao mês (46,61% ao ano).

Folha/Online

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