"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

março 31, 2010

A DESPEDIDA DE SERRA .

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Hermano Freitas e Wagner Magalhães, Portal Terra

O governador do Estado de São Paulo, José Serra (PSDB), disse durante a cerimônia de despedida do cargo para disputar a Presidência da República, na tarde desta quarta-feira, que o governo deve ter honra e que não pode ser conivente com escândalos.

"O governo, como as pessoas, tem que ter honra porque aqui não se cultivam escândalos. Não fraudamos a vontade popular, honramos os paulistas que são gente de todo o Brasil, são o povo brasileiro trabalhando", afirmou em seu discurso.

Serra falou ainda sobre a demora em assumir sua candidatura. Disse que sempre o aconselharam a procurar os "holofotes, a buscar as notícias, mas sou sério".

Ele disse que nunca incentivou o "confronto gratuito". "Não entendo assim o jogo político. Ao ódio reagi com serenidade de quem tem são Paulo e o Brasil no coração", afirmou.

"Confio na democracia e na relação entre os poderes, agimos aqui com transparência, não criamos cabides de emprego", afirmou. Serra disse que exerceu seu mandato sem discriminar prefeitos "pela cor de suas camisas partidárias. No meu governo, nunca se olhou a cor dessas camisas, nossos opositores sabem disso".

A solenidade começou às 16h, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Alguns secretários do governo paulista também deixam os cargos para participar do pleito no fim do ano.

"Construí meu governo com valores e princípios nestes 39 meses, me orgulho do que fiz, fazemos e faremos", disse Serra sobre a continuidade do governo que será assumido pelo vice Alberto Goldman.

Ele encerrou seu discurso com a frase:

"Pelo Brasil, façam-se as grandes coisas, vamos juntos, o Brasil pode mais".

Dos 53 minutos de seu discurso, Serra usou nove para os agradecimentos.

Quando terminou o discurso, ele se dirigiu a frente do palácio onde agradeceu a presença de quem esteve do lado de fora.

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