A palavra continuidade vem dando o tom ao programa de governo que o PT pretende oferecer para a aliança partidária a ser formada em torno da candidatura da ministra Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, cujo nome deve ser confirmado neste sábado para concorrer à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo partido.
Os petistas, no entanto, buscam associar o conceito de "aperfeiçoamento" ao programa.
A manutenção da política econômica e o incremento dos programas sociais são propostas que permanecem na pauta do PT.
"Continuidade significa aperfeiçoar.
Temos o desafio de integrar mais as políticas sociais", disse o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, que conduziu o Bolsa Família, um dos principais programas de distribuição de renda do governo.
As mudanças aprovadas nesta sexta-feira no programa referem-se a políticas para afirmação de direitos das mulheres, reforma agrária, redução da jornada de trabalho para 40 horas sem redução de salários, apoio incondicional e explícito ao Plano Nacional de Direitos Humanos, além mudanças na política tributária, com o objetivo de taxar especialmente grandes fortunas.
O programa do PT, de acordo com Walter Pomar, que preside a tendência Articulação de Esquerda, se tornou mais "radical" na defesa de pontos considerados "de esquerda".
O texto será encaminhado pelo partido para a comissão a ser formada com os demais partidos que se unirão em torno da candidatura de Dilma.
"Não houve mudanças.
O que houve foi um processo de radicalização.
O que houve foi um processo de radicalização.
Que a coalizão fará um programa mais ao centro nós temos certeza, mas não por causa nossa.
Nossa posição como partido na coalizão será mais à esquerda".
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