"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

dezembro 23, 2009

A DÍVIDA PÚBLICA


LORENNA RODRIGUES
Folha Online, em Brasília

A dívida pública federal aumentou 1,32% em novembro em relação a outubro, chegando a R$ 1,49 trilhão, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo Tesouro Nacional. 

Nos dois meses anteriores, a dívida havia registrado queda.
A dívida interna teve seu estoque aumentado em 1,39%, para R$ 1,38 trilhão em novembro.

A emissão de novos títulos superou os resgates em R$ 7,92 bilhões. 
Além disso, houve um impacto de R$ 11,13 bilhões por causa da apropriação positiva dos juros.

A dívida pública federal externa que representa 6,8% da dívida total também subiu em outubro, registrando aumento de 0,36% e atingindo R$ 101,98 bilhões (US$ 58,25 bilhões).

Custo menor

O custo médio acumulado da dívida pública nos últimos 12 meses caiu de 10,39% ao ano em outubro para 9,69% em novembro.

 A participação dos papéis indexados à taxa básica de juros (Selic) tiveram sua participação reduzida, passando de 35,06% em outubro para 34,83% em novembro. 
Já a parcela de títulos prefixados na dívida total subiu de 29,78% em setembro para 30,96% em outubro. 

Os títulos remunerados por índices de preços reduziram sua participação de 27,14% para 26,28%.
O volume de títulos em poder público com vencimento no curto prazo 
(em até 12 meses) caiu de 25,20% para 24,58%.

Já o prazo médio da dívida aumentou de 3,59 anos em outubro para 3,54 anos em novembro a meta é ficar em, no máximo, 3,7 anos.

IOF

A participação de investidores estrangeiros na dívida interna aumentou em novembro para 7,77%, contra 7,68% no mês anterior. 

Para o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre capital estrangeiro, instituída em outubro, não afetou o investimento na dívida brasileira.

"Acreditamos que a participação do investimento estrangeiro na dívida pública é basicamente um investimento de longo prazo, e o IOF tem um impacto menor", afirmou. 


Qual é o mal para o país? 
 
Simples de entender: quem aplica dinheiro,
aplica para tirar mais do que botou, não é? 
 
Então, o dinheiro que entra, sai aumentado dos juros. 
 
Logo, esta conta, para fechar, precisa ter sempre mais dinheiro especulativo entrando e, para ter mais dinheiro especulativo entrando, é preciso manter os juros altos ou “atraentes, como dizem eles.
 
Uma coisa é elevarmos nossa dívida para poder fazer investimentos, por exemplo, via aportes de capital no BNDES, para financiar nosso desenvolvimento. 
 
Outra, totalmente diferente, é ampliar a dívida pagando juros destinados a atrair este capital predatório.