José Celso de Macedo Soares
O Senhor Lula da Silva, em mais um dos muitos disparates que, seguidamente, vem pronunciando, declarou que o papel da imprensa não é fiscalizar, mas tão somente informar.
Quanto desconhecimento do papel da imprensa em sociedade democrática.
Não sabe Lula que a liberdade dos povos, em qualquer nação que se julgue democrática, baseia-se na liberdade de expressão e no julgamento e fiscalização que os cidadãos fazem de seus governos?
Isto só pode ser feito através da imprensa que acolhe suas opiniões.
Enfim, como ele disse que não gosta de ler, não tem conhecimento do papel da imprensa através da história.
Alguns episódios: durante o reinado de D. Pedro II, alguns áulicos o procuraram e sugeriram que ele pusesse um freio na imprensa, que estava muito crítica de seu governo.
Ao que ele retrucou:
“Absolutamente. Se não deixar a imprensa livre como vou saber como meus ministros estão se comportando?”.
Aí se vê que Pedro II confiava na ação fiscalizadora da imprensa.
Mais tarde, durante a 2ª Guerra Mundial, o grande General Eisenhower, Comandante Supremo das forças aliadas, manifestando-se sobre a livre circulação de notícias e comentários jornalísticos na própria frente de batalha, assim se expressava:
“Os homens empenhados na luta dentro da América e da Inglaterra e seus camaradas que se encontram nas fileiras de nossos exércitos, pugnam pelos mesmos ideais de liberdade de imprensa e da palavra, os quais se podem catalogar entre os direitos básicos da humanidade”.
Muitas vezes a própria ação de generais na frente de batalha, como o caso do famoso General Patton, que agrediu um subalterno, foi duramente criticada pela imprensa que exercia sua ação informativa e fiscalizadora, mesmo durante a guerra.
Patton foi afastado do comando.
Mais recentemente, o famoso caso Watergate, que levou à renuncia o Presidente Nixon dos Estados Unidos, foi resultado da ação fiscalizadora da imprensa sobre as malversações dos auxiliares de Nixon.
Aqui mesmo, no Brasil, não fosse a ação informativa e fiscalizadora da imprensa, Collor de Mello teria continuado Presidente.
Os tempos passam e, hoje, Collor é aliado do Senhor Lula da Silva.
Patton foi afastado do comando.
Mais recentemente, o famoso caso Watergate, que levou à renuncia o Presidente Nixon dos Estados Unidos, foi resultado da ação fiscalizadora da imprensa sobre as malversações dos auxiliares de Nixon.
Aqui mesmo, no Brasil, não fosse a ação informativa e fiscalizadora da imprensa, Collor de Mello teria continuado Presidente.
Os tempos passam e, hoje, Collor é aliado do Senhor Lula da Silva.
“Os homens procuram seus iguais”, já dizia o grande filósofo alemão Goethe…
Não fosse a ação fiscalizadora da imprensa, como iríamos saber dos “mensalões”, “sanguessugas”, escândalos, marcas registradas do governo Lula?
Agora mesmo, “O Globo”, fotografando os gazeteiros na Câmara Federal, prestou grande serviço à causa da moralidade no exercício dos cargos públicos.
Isto é informar e fiscalizar para que estes malandros não sejam reeleitos.
O cidadão inspeciona o poder; o poder vigia o cidadão.
É da combinação da ação coletiva com a individual que surgirá a liberdade.
A ação individual só, seria a licença.
A ação coletiva só, seria o despotismo.
A verdade, isto é, a liberdade, está no centro.
A verdade, isto é, a liberdade, está no centro.
Somente a imprensa livre e fiscalizadora poderá coibir os excessos de parte a parte.
Mas, o Senhor Lula da Silva é amigo de Chávez e Corrêa.
E, já agora, de Zelaya, que pretendia perpetuar-se no poder.
Tirem os leitores as conclusões.
Tirem os leitores as conclusões.
Os brasileiros precisam prestar atenção aos aprendizes de ditadores.
A primeira coisa que fazem é investir contra a liberdade de imprensa.
Foi assim tanto no Estado Novo getulista, com o famoso DIP - Departamento de Imprensa e Propaganda, instrumento de censura aos jornais, quanto no recente regime militar, com a censura prévia aos meios de comunicação.
Para o Senhor Lula da Silva, que com suas afirmações quer, na verdade, limitar a liberdade de imprensa, deixo estas palavras de Albert Camus:
“Uma imprensa livre pode, é claro, ser boa ou má, mas certamente, sem liberdade, é apenas má”.