"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

novembro 15, 2014

PF ouve depoimentos de 20 detidos, mas ainda procura cinco foragidos. Os presos estão separados em celas com três ou quatro pessoas, e permanecem sob custódia na própria PF até o fim dos depoimentos


A Polícia Federal começa na manhã deste sábado, no Paraná, a ouvir 20 presos na sétima etapa da Operação Lavo Jato, que apura denúncias de corrupção envolvendo a Petrobrás. Quatro deles se apresentaram espontaneamente na noite de sexta-feira, o restante foi detido pela própria polícia.

Policiais ainda procuram outras cinco pessoas, uma delas com prisão preventiva decretada e quatro com prisão temporária. Segundo a polícia federal, eles podem ser presos a qualquer momento.

Os 16 detidos na sexta-feira chegaram às 4h20 deste sábado ao aeroporto de Curitiba. O avião com os presos saiu de Brasília, passou por São Paulo para depois fazer uma escala no Rio de Janeiro. A previsão era que os presos chegassem entre 19h e 20h ao Paraná, mas uma pane deteve o avião no Rio até a madrugada deste sábado.

A polícia não divulga os nomes dos detidos nem dos foragidos. Os depoimentos deveriam começar às 10h, mas devem atrasar devido à chegada tardia dos presos à Superintendência da Polícia Federal no Paraná.

Os presos estão separados em celas com três ou quatro pessoas, e permanecem sob custódia na própria PF até o fim dos depoimentos. Depois, aguardam decisão da justiça sobre uma possível transferência para unidades prisionais.

Entenda. 
Quatro presidentes de grandes empreiteiras, 15 executivos e um ex-diretor da Petrobrás ligado ao PT tiveram prisões decretadas nesta sexta-feira, 14, em uma ação policial de proporções inéditas no País. Foi a sétima etapa da Operação Lava Jato, batizada de Juízo Final, cujo principal objetivo é buscar provas contra corruptores.

Nove construtoras que estão entre as maiores doadoras de campanhas e concentram as obras públicas mais vultosas do Brasil tiveram suas sedes vasculhadas pela força-tarefa que apura desvios na Petrobrás.

O cartel de empresas sob suspeita amealhou, mediante fraudes e pagamento de propinas, o equivalente a R$ 59 bilhões em contratos na estatal petrolífera, segundo os investigadores.

Os 36 investigados nessa fase da operação tiveram R$ 720 milhões em bens bloqueados.

Daniela Amorim - O Estado de S. Paulo

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