"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

setembro 12, 2014

PELO MENOS SÃO HONESTOS QUANDO DIZEM "FAZER(para eles) MAIS E MELHOR"(MAL FEITOS) OU : Ordem de grandeza

Maior escândalo de corrupção já desvendado até hoje, o mensalão é fichinha perto do assalto aos cofres da Petrobras. A delinquência está no DNA desta gente
A cada escândalo que surge, a administração petista costuma dizer que sua prática não difere da experiência pregressa, ou seja, faz o que outros governos faziam. É uma forma de apenas confundir, sem explicar. Mas a realidade é que a dimensão da roubalheira atual não encontra precedentes na história do país.

O partido que se notabilizou por protagonizar o mensalão, agora está diante de sua versão 2.0: o assalto aos cofres da Petrobras para alimentar uma sedenta base aliada no Congresso. Nem com a condenação e prisão de seus principais próceres pela mais alta corte de Justiça do país, o PT parece ter aprendido. A delinquência está no DNA desta gente. 

Aquela que já foi a maior empresa brasileira – a petroleira deveria estar bombando com a exploração do pré-sal, mas vale hoje menos do que uma fabricante' de cerveja – está no centro de um esquema que pode ter desviado R$ 10 bilhões dos cofres públicos. Perto do que aconteceu lá nos últimos anos, o mensalão é fichinha.

Diz-se que 3% do valor dos contratos fechados por Paulo Roberto Costa na diretoria de Abastecimento era usado para pagar propinas a ministros de Estado, governadores, senadores e deputados. Tomando-se por base apenas o investido pela repartição entre 2004 e 2012, período em que ele ocupou o cargo, daria uns R$ 3 bilhões.

Maior esquema de corrupção já desvendado até agora, o mensalão envolveu apenas uma fração disso:
R$ 141 milhões em dois anos, segundo a Procuradoria-Geral da República. 
De onde, afinal, vinha tanto dinheiro para irrigar o mensalão 2.0 do PT? 

Basta ver a carteira de obras da Petrobras e a péssima execução dos investimentos para perceber que a estatal foi usada como maná para alimentar a corrupção petista. Os maiores empreendimentos tiveram seus custos multiplicados e os prazos nunca cumpridos. Sabe-se agora por quê.

Atualmente sendo erguida em Pernambuco, a Abreu e Lima, por exemplo, tornou-se a mais cara refinaria já feita até hoje em todo o mundo. Seu custo já aumentou nove vezes, passando de R$ 4 bilhões para R$ 36 bilhões, e a obra está quatro anos atrasada.


A refinaria de Pasadena foi comprada por US$ 1,2 bilhão meses depois de ter sido adquirida por uma empresa belga pela bagatela de US$ 42,5 milhões. O TCU já identificou prejuízo de US$ 792 milhões e condenou 11 dirigentes da Petrobras a pagar por isso. 

Na lista também pode ser incluído o Comperj, em obras em Itaboraí, no Rio. O valor do investimento quase dobrou – passou de R$ 19 bilhões para R$ 31 bilhões – mas só metade do inicialmente planejado deve ser feito. A obra também está quatro anos atrasada.


Não é difícil concluir que a ordem de grandeza da corrupção petista não tem concorrentes na história brasileira. A campanha de Dilma Rousseff à reeleição diz se orgulhar de combater a roubalheira, mas deveria era envergonhar-se de tê-la deixado ir tão longe.

ITV

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