"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

julho 18, 2013

Rombo de US$ 2 bi


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Nem a recente alta do dólar poderá salvar o país de um saldo negativo na balança comercial em 2013. A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) acaba de revisar suas projeções e passou a prever déficit de US$ 2 bilhões este ano. Antes, esperava um superávit de US$ 14,6 bilhões. Se a previsão se concretizar, será a primeira vez desde 2000, quando as importações superaram as exportações em US$ 731 milhões, que a conta comercial fechará no vermelho. No ano passado, o resultado positivo foi de US$ 19,4 bilhões.

O presidente da AEB, José Augusto de Castro, lembrou que a cotação das commodities, que representam 65% das exportações brasileiras, está em queda no mercado internacional. Por isso, o câmbio não vai ajudar as estatísticas. "Nos manufaturados, poderia haver um ganho, mas o atual patamar do dólar ainda é insuficiente para elevar a competitividade dos produtos nacionais. Além disso, a volatilidade da taxa cambial traz incerteza. Se houver impacto, será apenas em 2014" afirmou. 


Pela nova perspectiva da associação, as importações totais devem crescer 4,2% em 2013, para US$ 232,5 bilhões. Esse valor é 0,9% maior do que os US$ 225 bilhões projetados anteriormente. A estimativa para as exportações teve um corte de 1,2%, passando de US$ 239,7 bilhões, para US$ 230,5 bilhões —queda de 5% na comparação com o ano passado.
Petróleo

Castro destacou ainda que, até junho, a quantidade de petróleo exportada caiu 43%, e o preço recuou 11%. Ele recordou também que US$ 4,5 bilhões de importações realizadas em 2012 foram contabilizadas somente em 2013, o que contribuirá para o saldo negativo do ano. A AEB prevê aumento de 9,2% nas importações de petróleo em 2013, para US$ 38,5 bilhões, e de 11,9% nas compras dos demais combustíveis, para US$ 14,9 bilhões.

ROSANA HESSEL Correio Braziliense -

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