A dívida pública federal cresceu 2,6% de maio para junho, somando R$ 1,985 trilhão, informou nesta quarta-feira o Tesouro Nacional.
O aumento foi impactado pelo repasse de R$ 23 bilhões da União para o BNDES e a Caixa Econômica Federal em títulos públicos.
O valor respondeu por mais da metade do total de emissão líquida de títulos no mercado interno, que foi de R$ 39,01 bilhões em junho.
Já o efeito dos juros significou um aumento de R$ 18,65 bilhões da dívida federal no mês passado.
A expansão do débito federal só não foi maior porque houve um regaste líquido de R$ 7,27 bilhões de papéis no mercado externo.
Dos R$ 23 bilhões emitidos para os bancos públicos, R$ 15 bilhões foram para o BNDES e R$ 8 bilhões para a Caixa.
A justificativa dos repasses é capitalizar os bancos para que se enquadrem nas regras internacionais de exigências mínimas de patrimônio (Basiléia 3) ou para fazer frente às necessidades de expansão dos empréstimos.
Ao mesmo tempo, porém, o governo retira capital de Caixa e BNDES com o recolhimento de dividendos.
As operações são alvo constante de críticas de economistas que consideram que seria menos custoso para o governo não recolher os dividendos em vez de aumentar sua dívida.
MARIANA SCHREIBER
DE BRASÍLIA/Folha
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