"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

fevereiro 20, 2013

PÁGINA QUE FALTA NA CARTILHA DO DE(s)CÊNIO DOS FARSANTES E DA PRESIDENTA FALSÁRIA(QUEBRA 1,99) IV : Brasil é pior dos emergentes em produtividade

Apesar de a economia do Brasil ter crescido a um ritmo mais rápido nos últimos anos, a produtividade não reagiu. Ao contrário, um estudo do Conference Board mostra que a produção média por trabalhador brasileiro tem crescido menos que o visto em outros grandes emergentes desde 1996.

De acordo com o estudo, a produtividade média do brasileiro subiu 0,4% por ano no período entre 1996 e 2005. O ritmo é o pior entre os grandes emergentes citados pelo estudo. 

No grupo, todos apresentaram desempenho melhor: 
Rússia, com expansão média da produtividade de 3,8% por ano, 
Índia (+4,3%), 
China (+7,1%), 
México (+1,4%), 
Indonésia (+1,1%) e Turquia (+4,6%).
Segundo o Conference Board, a produtividade dos brasileiros melhorou entre 2006 e 2011, quando, na média, o indicador subiu anualmente 2%. 

Mesmo com essa reação, o ritmo continuou aquém do observado em outras grandes economias emergentes: 
Rússia (+3,4%), 
Índia (+5,9%), 
China (+10,4%) e Indonésia (+3,1%). 
O desempenho brasileiro, porém, foi melhor nesse período que o da Turquia, que cresceu média de 1% por ano, e o do México, com expansão anual de 0,5%. 
  No fim desse segundo período, a produtividade brasileira começou a desacelerar. Em 2011, o índice brasileiro cresceu 0,7%, abaixo da média de 5,9% dos emergentes e também inferior a todos os outros países da comparação. 
Em 2012, o índice teve queda de 0,3%.

2012
  A produtividade do trabalhador brasileiro caiu "dramaticamente" em 2012. Segundo o estudo, o fraco crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e o contínuo aumento do emprego explicam a piora do desempenho nacional no ano passado. 

Os dados vão na contramão do discurso do governo que passou a pregar o aumento da competitividade nos últimos meses.
 
"O declínio mais dramático na América Latina foi no Brasil, que mostrou queda no nível de produção por pessoa empregada de 0,3% em 2012 após a desaceleração vista em 2010 e 2011", destaca o relatório. 

Com isso, a produtividade média do brasileiro ficou em 18,4% do desempenho médio de um trabalhador norte-americano. 

O movimento foi na contramão da tendência global, já que a produtividade média mundial subiu 1,8% no ano, para 26,2% do observado nos Estados Unidos.

FERNANDO NAKAGAWA, CORRESPONDENTE/Estadão

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