Pressionada por fracos resultados e pelo mau desempenho da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a Petrobras perdeu neste ano mais uma posição no ranking das maiores petroleiras globais, pelo critério de valor de mercado, desta vez para a francesa Total.
Ontem, a empresa brasileira ocupava a oitava posição no ranking, com US$ 117,8 bilhões de valores de mercado, atrás da empresa francesa, que valia US$ 122,9 bilhões. No fim de 2012, a estatal já tinha perdido uma posição para a colombiana Ecopetrol, que vale atualmente US$ 130 bilhões, segundo a base de dados da agência Bloomberg News.
Desde que realizou a maior capitalização da História, em outubro de 2010, a Petrobras perdeu US$ 106,74 bilhões em valor de mercado, a maior queda entre as petroleiras. Com a capitalização, a empresa tinha passado a ocupar o terceiro lugar entre as maiores petroleiras do planeta, com um valor de US$ 223,54 bilhões, o que foi amplamente comemorado pelo governo na época. Desde então, a queda das ações da companhia chegam a 36%.
Segundo Luiz Otávio Broad, analista de petróleo da Ágora Corretora, o ano foi positivo para a maioria das petroleiras pelo mundo, ajudadas pelo valorização do preço do barril de petróleo no mercado global.
- As empresas no exterior repassam as oscilações do preço do barril de petróleo. Então, quando o petróleo fica mais caro, isso ajuda as empresas - explica Broad. - Na Petrobras, no entanto, esse efeito é contrário, já que a companhia não repassa o preço do combustível para distribuidoras.
O ranking segue liderado pela americana Exxon Mobil (US$ 410,5 bilhões). Logo atrás vem a Petrochina, com US$ 272 bilhões; a americana Chevron, com US$ 228 bilhões; e a anglo-holandesa Royal Dutch Shell, com US$ 223 bilhões. Em seguida, em quinto lugar no ranking, está a britânica BP.
Entre as grandes petroleiras que divulgaram seus resultados do quatro trimestre de 2012, os resultados foram positivos na Exxon Mobil, Royal Dutch Shell e Chevron, que tiveram crescimento de lucratividade de 5,8%, 3% e 41%, respectivamente.
Bruno Villas Bôas O Globo
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