Estímulos à compra de veículos em 2009 ainda estaria pressionando a alta da inadimplência Movimento de clientes na concessionaria matriz da Kia Motors na avenida Francisco Junqueira
O governo esperava uma taxa de inadimplência estável ou em queda no ano passado. Tanto o Banco Central (BC) como o ministro da Fazenda, Guido Mantega, repetiram ao longo de 2012 que o calote não preocupava a equipe econômica.
No entanto, os dados divulgados na manhã desta sexta-feira pelo BC mostram que a inadimplência continua crescendo:
O governo esperava uma taxa de inadimplência estável ou em queda no ano passado. Tanto o Banco Central (BC) como o ministro da Fazenda, Guido Mantega, repetiram ao longo de 2012 que o calote não preocupava a equipe econômica.
No entanto, os dados divulgados na manhã desta sexta-feira pelo BC mostram que a inadimplência continua crescendo:
a taxa média do calote de pessoas físicas e empresas encerrou 2012 a 5,8%, alta de 0,3 ponto procentual na comparação com 2011.
O problema mais grave é o endividamento das pessoas físicas.
O problema mais grave é o endividamento das pessoas físicas.
No ano passado, a taxa de inadimplência bateu em 7,9%. Apesar de todos os esforços da equipe econômica para reduzir o pedo do endividamento das famílias, o não pagamento de dívidas acelerou 0,5 ponto porcentual e ficou acima das expectativas.
É o pior resultado desde 2009, quando o BC registrou 8% para o não pagamento das dívidas superiores a 90 dias (base de cálculo utilizada nesse indicador).
Mas o BC argumenta que boa parte desse aumento continua ligado à compra de veículos novos em 2009. Naquele ano, para estimular a aquisição de carros, foi permitido o parcelamento em até 72 meses dos automóveis.
A persistência do aumento da inadimplência nos últimos três anos incomoda o governo, principalmente pelo baixo nível de crescimento do PIB no ano passado. O estímulo ao consumo, considerado o remédio para o fraco crescimento da economia, pode se transformar em veneno caso a inadimplência fique descontrolada.
Mas o BC argumenta que boa parte desse aumento continua ligado à compra de veículos novos em 2009. Naquele ano, para estimular a aquisição de carros, foi permitido o parcelamento em até 72 meses dos automóveis.
A persistência do aumento da inadimplência nos últimos três anos incomoda o governo, principalmente pelo baixo nível de crescimento do PIB no ano passado. O estímulo ao consumo, considerado o remédio para o fraco crescimento da economia, pode se transformar em veneno caso a inadimplência fique descontrolada.
Veja.com/(Com Estadão Conteúdo)
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