"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

novembro 07, 2012

E NO brasil maravilha dos FARSANTES e da GERENTONA/FRENÉTICA/EXTRA(ORDINÁRIA) DE NADA E COISA NENHUMA : Inflação ganha força e fecha outubro em 0,59%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,59% em outubro, após alta de 0,57% em setembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. É a maior variação desde abril passado, quando o indicador subiu 0,64%.

No acumulado de 12 meses até outubro, o IPCA avançou 5,45%, mostrando alta ante os 5,28% de setembro, e afastando-se ainda mais do centro da meta do governo, de 4,5%. No ano, a inflação ficou em 4,38%.

Analistas esperavam alta de 0,58% no mês passado, acumulando em 12 meses ganho de 5,44%. Para a variação mensal, as projeções ficaram entre 0,53% e 0,75%.

Segundo o IBGE, os alimentos continuaram a pressionar a inflação em outubro. A alta foi de 1,36% contra 1,26% do mês passado. Esse grupo de produtos respondeu por mais da metade do IPCA do mês. A principal pressão entre os alimentos, segundo Eulina Nunes, coordenadora do Sistema de Índice de Preços do IBGE, foi o arroz.

- Foi o principal impacto individual no índice de outubro. O arroz vem aumentando desde o início do ano especialmente nos dois últimos meses. A área plantada diminuiu bastante. Em 2011, o arroz fechou com resultado negativo de aproximadamente 5%. Os produtores mal remunerados plantaram menos. E com a estiagem, a oferta diminuiu - disse Eulina.

Somente em outubro, a alta foi de 9,88%. No ano, o arroz já subiu 29,81%. Outro item alimentício que subiu muito em outubro foi a farinha de mandioca, que ficou 18,29% mais cara, principalmente em Belém, onde o peso desse produto é de 1,28%, enquanto no Rio é de 0,04%.

As carnes industrializadas e a refeição fora de casa foram outros itens que também subiram com força no mês.

Dos nove grupos que compõem o IPCA, seis registraram alta superior às vistas em setembro. O grupo vestuário também subiu consideravelmente em outubro. Passou de uma alta de 0,89% em setembro para 1,09% em outubro. Segundo Eulina, a coleção nova de roupas começou a chegar nas lojas fazendo o preço subir. Os artigos de residência saíram dos 0,18% de setembro para 0,37% em outubro.

Depois de uma queda de 0,13% em setembro, a gasolina voltou a subir em outubro. A alta foi de 0,75%, puxada quase exclusivamente por Salvador, onde o combustível ficou 9,15% mais caro. Segundo Eulina Nunes, a alegação foi defasagem de preço. Na capital baiana, o preço do litro ficou em R$ 2,72 contra R$ 2,83 no Rio e em Brasília. Em São Paulo, o litro do produto custa R$ 2,63. No ano, a gasolina ainda está em queda de 1,74%

Em outubro, os preços administrados ajudaram a segurar a inflação. A alta foi de 0,25% em outubro, contra 0,30% em setembro. No ano, os itens monitorados subiram 2,76% contra 4,38% do IPCA geral.

- Quem ajudou a equilibrar a taxa no mês foram os itens administrados como a energia elétrica, taxa de água e esgoto e aluguel. Condomínio e gás de cozinha foram fundamentais para conter a taxa no mês - disse Eulina.

O resultado do IPCA de outubro ficou abaixo do IPCA-15 de outubro, que havia acelerado a alta para 0,65%, influenciado também por alimentos.

Os preços dos alimentos ainda sentem pressão dos efeitos da seca nos Estados Unidos, que fizeram os grãos dispararem. Entretanto, a perspectiva é de que esse movimento já está perdendo força.

O resultado do IPCA de outubro não deve mudar as avaliações dos especialistas sobre a condução da política monetária feita pelo Banco Central, que já reduziu a Selic para a mínima histórica de 7,25%.

O BC já mostrou que esse ciclo, após dez cortes seguidos, chegou ao fim e, com isso, parte do mercado acredita que a taxa básica de juros vai ficar estável até o fim de 2013 e, outra, que ela poderá ser elevada no fim do próximo ano.

Acompanhe a evolução do IPCA
O Globo

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