
Envolta em um cenário político sob acusações de favoritismo que envolvem a ex-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, a Unicel, antiga aeiou, foi desativada sem nunca ter decolado. Agora, aguarda a aprovação de anuência prévia da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para ser vendida para a Nextel.
O que está em jogo não são os ativos da tele, com licença para atuar na área metropolitana de São Paulo. Com apenas 13 mil clientes, a empresa endividou-se com a Anatel para comprar a banda E (15 MHz + 15 MHz na faixa de 1,8 GHz) em 2007, e, mais tarde, uma faixa de extensão de 2,5 MHz + 2,5 MHz na faixa dos 900 MHz, por cerca de R$ 15 milhões.
A companhia também contraiu dívidas com a Huawei, fornecedora da infraestrutura de rede. O valor total da dívida não é conhecido.
A importância da Unicel está justamente nas faixas adquiridas. As operadoras de serviços móveis disputaram em leilão neste ano as faixas de 2,5 GHz para oferta de 4G e ainda tiveram de levar como obrigação as de 450 MHz, mais indicadas para áreas remotas. No caso da Unicel, não existe essa imposição. A Nextel não adquiriu licença de 2,5 GHz no leilão.
"A Nextel não pagou uma fortuna por 2,5 GHz, como as demais teles, e consegue o espectro comprando a aeiou", disse Arthur Barrionuevo, economista e especialista em telecomunicação pela EAESP/FGV.
O negócio vem sendo analisado pela Nextel há mais de um ano, disse ao Valor o vice-presidente da empresa, Alfredo Ferrari. Foi a primeira vez que o executivo falou sobre o assunto. Nesse período, afirmou, foram feitas auditorias, avaliações jurídicas e negociações com credores.
Ferrari não entrou em detalhes sobre como seriam usados os espectros, caso a compra seja aprovada. "Cada empresa tem sua estratégia, umas querem ir para 4G, outras querem ficar em 3G. Mesmo se adquirir a Unicel, a Nextel ficará com menos faixas de frequência que as demais operadoras, disse o executivo.
Em 2010, a Nextel comprou a banda M, de serviços móveis, para atuar no Rio de Janeiro e nas regiões Norte e Nordeste. "É natural também buscar a faixa de 1,8 MHz na região metropolitana de São Paulo, disse Ferrari. O executivo não informou o valor da proposta feita pela Unicel, que corre sob sigilo da Anatel.
A Unicel chegou a anunciar investimento inicial de R$ 250 milhões para colocar 230 sites em operação, em 2008. A meta era atingir 500 mil clientes em um ano, mas o número não passou de 20 mil.
A Anatel não vai se manifestar oficialmente. Fontes do órgão, contudo, informaram ao Valor que no prazo de até 60 dias a agência deverá julgar a caducidade das licenças da Unicel. Caso haja parecer favorável à perda da licença, ficaria "inócuo" o pedido de anuência para compra pela Nextel.
Os dois processos são analisados de forma autônoma. Quanto à anuência, a Anatel tem dúvidas jurídicas sobre a transferência de controle, já que as duas empresas detêm licenças em São Paulo.
Para o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, o processo de devolução de licenças é longo e o prazo não estaria vencido para a Unicel.
Ferrari não quis comentar as denúncias sobre a Unicel.
Ivone Santana | De São Paulo
Valor Econômico
(Colaborou Rafael Bitencourt, de Brasília)
2 comentários:
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