"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

outubro 17, 2012

Tem rabo de gato. Focinho de gato. Olhos de gato. Pelo de gato. Mia como um gato. Teori Zavascki : Indicado ao STF defende foro privilegiado em sabatina no Senado

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, nesta quarta-feira, a indicação do ministro do Superior Tribunal de Justiça Teori Zavascki para o Supremo Tribunal Federal. Foram 18 votos favoráveis e uma abstenção.

A votação no plenário do Senado deve ocorrer depois do segundo turno das eleições. Teori Zavascki foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para a vaga, após aposentadoria do ministro Cézar Peluso.

Na sessão, Zavascki defendeu a manutenção do foro privilegiado para autoridades:
- No julgamento de uma autoridade existem forças que atuam contra e a favor. Os tribunais superiores têm capacidade de reagir com mais imparcialidade.

Ele também defendeu o poder de investigação do Ministério Público.

- No meu entender não existe monopólio da polícia judiciária para investigar, senão teríamos dificuldade de explicar as CPIs, Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) , CGU (Controladoria-Geral da União) e Banco Central. E a ação penal pode ser instaurada independente de inquérito policial. O Ministério Público pode investigar e oferecer denúncia sem inquérito.

O ministro criticou a publicidade dada ao processo de tomada de decisões do Supremo:
- O excesso de exposição não colabora para as boas decisões. Esse sistema brasileiro é inédito. Em geral, nas cortes de Justiça, as decisões são tomadas em sessões reservadas e depois são publicadas bem fundamentadas.

Durante a primeira sessão para sabatiná-lo, em setembro, a oposição e senadores independentes da base aliada obstruíram a sabatina porque queriam a garantia de que Zavascki, atualmente ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), não participaria do julgamento do mensalão.

O temor era que ele pedisse vistas do processo.

Na ocasião, Zavascki deixou a questão em aberto, afirmando que a decisão sobre a participação no julgamento do mensalão não é do ministro, mas do colegiado do STF:
- Quando se trata de um julgamento colegiado, não é um eventual juiz que chega a um tribunal que vai determinar quando ou onde vai participar. Existem regras. E essas regras são controladas pelo órgão colegiado.

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