A Alberto e Pantoja - empresa fantasma apontada pela Polícia Federal como parte do esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira - recebeu pelo menos R$ 29,9 milhões da construtora Delta entre maio de 2010 e abril de 2011.
Esses recursos, segundo levantamento realizado pela liderança do PSDB no Senado, eram provenientes de pagamentos realizados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e depois foram distribuídos pela Alberto e Pantoja para pessoas físicas e jurídicas envolvidas com o bicheiro.
A liderança do PSDB fez um cruzamento tomando como base os pagamentos recebidos pela Delta nacional entre janeiro de 2010 e dezembro de 2011. O dinheiro saía do Dnit e era depositado em duas contas correntes no Rio.
No total, no período, a construtora recebeu R$ 985 milhões somente nessas duas contas identificadas pela equipe do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Desse total, R$ 29,9 milhões foram parar na conta da Alberto e Pantoja. Os saques, no mesmo período, somam igual valor.
Alguns destinatários dos pagamentos realizados pela empresa considerada fantasma são conhecidos da investigação. O contador de Carlinhos Cachoeira, Geovani Pereira da Silva, que está foragido, foi beneficiário de vários cheques que somam R$ 8,3 milhões.
Luiz Carlos Almeida Ramos, irmão de Carlinhos, recebeu dois cheques que totalizam R$ 119 mil. Wladmir Garcez, ex-vereador de Goiânia e apontado pela PF como braço político do esquema de Cachoeira, obteve depósitos de R$ 33 mil.
No levantamento, também aparece um cheque de R$ 45 mil, em abril de 2011, para Bruna Bordoni. Ela é filha do jornalista Luiz Carlos Bordoni, responsável pelos programas de rádio durante a campanha de Marconi Perillo (PSDB) ao governo de Goiás, em 2010. A confecções Excitant, que emitiu três cheques, entre março e maio de 2011, para pagamento da compra da casa de Marconi, também recebeu recursos da Alberto e Pantoja.
Foram duas transferências interbancárias, que somaram R$ 650 mil. Uma delas é no valor de R$ 400 mil, em maio do ano passado, valor idêntico ao depositado por Marconi em sua conta.
Ontem, o líder do PSDB, Álvaro Dias, disse que o cruzamento de dados revela a importância de a CPI do Cachoeira ouvir o ex-presidente da Delta, Fernando Cavendish, cujo requerimento foi derrotado na semana passada.
- Apresento esse trabalho, senhores senadores, para comprovar que não se pede por pedir, não se exige simplesmente pelo gosto da exigência, mas porque é necessário ouvir, para adotar providências posteriores, o senhor Fernando Cavendish e o senhor Luiz Antonio Pagot, ex-diretor do Dnit, que, aliás, surpreendentemente, afirmou ter sido derrubado do cargo que ocupava pelo bicheiro Cachoeira e pelo empresário Fernando Cavendish - discursou Dias.
O Globo
Esses recursos, segundo levantamento realizado pela liderança do PSDB no Senado, eram provenientes de pagamentos realizados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e depois foram distribuídos pela Alberto e Pantoja para pessoas físicas e jurídicas envolvidas com o bicheiro.
A liderança do PSDB fez um cruzamento tomando como base os pagamentos recebidos pela Delta nacional entre janeiro de 2010 e dezembro de 2011. O dinheiro saía do Dnit e era depositado em duas contas correntes no Rio.
No total, no período, a construtora recebeu R$ 985 milhões somente nessas duas contas identificadas pela equipe do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Desse total, R$ 29,9 milhões foram parar na conta da Alberto e Pantoja. Os saques, no mesmo período, somam igual valor.
Alguns destinatários dos pagamentos realizados pela empresa considerada fantasma são conhecidos da investigação. O contador de Carlinhos Cachoeira, Geovani Pereira da Silva, que está foragido, foi beneficiário de vários cheques que somam R$ 8,3 milhões.
Luiz Carlos Almeida Ramos, irmão de Carlinhos, recebeu dois cheques que totalizam R$ 119 mil. Wladmir Garcez, ex-vereador de Goiânia e apontado pela PF como braço político do esquema de Cachoeira, obteve depósitos de R$ 33 mil.
No levantamento, também aparece um cheque de R$ 45 mil, em abril de 2011, para Bruna Bordoni. Ela é filha do jornalista Luiz Carlos Bordoni, responsável pelos programas de rádio durante a campanha de Marconi Perillo (PSDB) ao governo de Goiás, em 2010. A confecções Excitant, que emitiu três cheques, entre março e maio de 2011, para pagamento da compra da casa de Marconi, também recebeu recursos da Alberto e Pantoja.
Foram duas transferências interbancárias, que somaram R$ 650 mil. Uma delas é no valor de R$ 400 mil, em maio do ano passado, valor idêntico ao depositado por Marconi em sua conta.
Ontem, o líder do PSDB, Álvaro Dias, disse que o cruzamento de dados revela a importância de a CPI do Cachoeira ouvir o ex-presidente da Delta, Fernando Cavendish, cujo requerimento foi derrotado na semana passada.
- Apresento esse trabalho, senhores senadores, para comprovar que não se pede por pedir, não se exige simplesmente pelo gosto da exigência, mas porque é necessário ouvir, para adotar providências posteriores, o senhor Fernando Cavendish e o senhor Luiz Antonio Pagot, ex-diretor do Dnit, que, aliás, surpreendentemente, afirmou ter sido derrubado do cargo que ocupava pelo bicheiro Cachoeira e pelo empresário Fernando Cavendish - discursou Dias.
O Globo
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