"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 21, 2012

SEM CACHAÇA E "MARQUETINGUE" - "PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO" COM A FRENÉTICA/EXTRAORDINÁRIA/GERENTONA DE NADA E COISA NENHUMA... CUMPRINDO PROMESSA :PIB/ INVESTIMENTO / INFRAESTRUTURA/MOBILIDADE URBANA

O mercado manteve a estimativa para a taxa básica de juros, a Selic, e reduziu a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012. De acordo com relatório Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, a previsão mediana ainda é que a Selic terminará 2012 em 8,00% ao ano.

Mas a projeção para o PIB diminuiu, para um crescimento de 3,09%, ante 3,20% esperados no relatório da semana passada.

O documento mostrou ainda que o mercado continua acreditando que o BC reduzirá a Selic dos atuais 9% ao ano para 8,50% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em maio.

Para 2013, os analistas passaram a esperar uma Selic de 9,50% no fim do ano, enquanto na semana passada esperavam 9,75%.

A redução na estimativa de crescimento econômico veio acompanhada de queda na projeção mediana para a inflação, medida pelo IPCA. No último boletim, economistas esperavam um IPCA de 5,21% neste ano, enquanto na semana anterior projetavam uma taxa de 5,22%.

Para 2013, a perspectiva é de aumento maior dos preços, com o IPCA fechando o ano em 5,60%.


Investimentos

Em um cenário de desaceleração econômica, o governo federal reduziu o ritmo dos seus investimentos e trava, por falta de decisão, obras que podem ser realizadas pelo setor privado.

O primeiro quadrimestre registrou queda de 5,5% nos gastos com novas obras públicas, compras de equipamentos e bens permanentes em relação ao mesmo período do ano passado, que já havia sido considerado fraco.

O valor caiu de R$ 11,1 bilhões em 2011 para R$ 10,5 bilhões

No governo, as previsões são pessimistas. Interlocutores da presidente Dilma Rousseff temem que as reduções de juros e as medidas para alavancar o crédito não deem conta, sozinhas, de impulsionar o crescimento.

A depender dos números até dezembro, Dilma chegará ao terceiro ano de mandato com taxa de crescimento semelhante à média do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), de 2,3%.

A performance do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) também segue aquém do desejado. Os investimentos caíram 24% no quadrimestre -R$ 5,5 bilhões contra R$ 4,2 bilhões em 2011.

Os principais responsáveis pela redução nos gastos federais são órgãos ligados ao Ministério dos Transportes, onde a queda nos pagamentos de obras chegou a 55%.

Obras de infraestrutura de mobilidade urbana

Em 2010, a previsão para este ano era ter R$ 43 bilhões em investimentos em transportes, sendo R$ 28 bilhões financiados pelo governo. No entanto, devido a atrasos de governos estaduais, municipais e do próprio governo federal, apenas R$ 400 milhões foram desembolsados até o mês passado pelos bancos financiadores.

O ritmo das obras também sofre efeito do atraso nos anúncios de marcos regulatórios e decisões prometidos pelo atual governo em praticamente todos os setores da infraestrutura concedidos à iniciativa privada.

Por isso, decisões de novos investimentos por concessionários do setor elétrico, portos, estradas, ferrovias e aeroportos estão engavetadas.


Em alguns casos, a falta de decisão já afeta o financiamento das empresas, que enfrentam dificuldades para conseguir empréstimos necessários a seus projetos.

Fontes:
O Globo e Folha

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