"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 03, 2012

Lucro do Banco do Brasil cai 14,7% no 1º trimestre

O Banco do Brasil encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 2,5 bilhões, queda de 14,7% na comparação anual, conforme dados divulgados nesta quinta-feira.

A redução ocorreu, porque houve maiores provisões para perdas diante da tendência de aumento da inadimplência.

A previsão média de 11 analistas consultados pela Reuters apontava para lucro líquido de R$ 2,7 bilhões para a instituição no período.

Sem considerar efeitos extraordinários, o maior banco do país em ativos apurou lucro recorrente de R$ 2,7 bilhões entre janeiro e março, o que equivale a recuo de 7,5% ano a ano.

De um lado, o banco viu sua carteira de crédito crescer 19% no espaço de 12 meses encerrado em março, para R$ 473,1 bilhões.

Em contrapartida, o BB teve despesas com provisões para perdas com devedores duvidosos de R$ 3,576 bilhões no período, um crescimento de 36% em um ano e o maior nível desde pelo menos o quarto trimestre de 2009.

O índice de inadimplência da carteira, medido pelo saldo de empréstimos vencidos há mais de 90 dias, foi de 2,2%, ligeiramente maior ante os 2,1% em igual etapa de 2011.

Os números foram divulgados semanas após BB e Caixa Econômica Federal abrirem uma fase de cortes agressivos de juros em várias linhas para empresas e pessoas físicas, em meio aos esforços do governo para baixar o spread bancário.

Mas essa queda nos juros só vai ser sentida na divulgação do balanço do segundo trimestre deste ano.

Esse corte nos juros foi feito num momento em que os calotes não param de subir. Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil já divulgaram seus resultados do trimestre, em todos os casos afetados por maior inadimplência, que os fez aumentar as provisões para perdas.

O Globo

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