"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

fevereiro 24, 2012

PETROBRAS : Em 19 dias, o terceiro vazamento.

A Petrobras confirmou nesta sexta-feira que no último dia 18 de fevereiro (sábado) houve um derrame de aproximadamente 70 litros de água oleosa do convés de um navio FPSO, que opera no campo de Uruguá, no pós-sal da Bacia de Santos. O navio é operado pela empresa Modec.

Reportagem do GLOBO desta sexta mostra que o Plano Nacional de Contingência (PNC), que prevê as medidas a serem tomadas pelo governo diante de grandes vazamentos de petróleo no mar, já está finalizado e terá um orçamento anual estimado em R$ 1 bilhão.

No dia 13 de fevereiro, houve vazamento de cerca de 30 barris (4.700 litros) no campo de Barracuda, na Bacia de Campos. O óleo vazou de uma tubulação da plataforma P-43. Já no dia 31 de janeiro, o rompimento de uma coluna de produção em um poço operado pela Petrobras no campo de Carioca Nordeste, na Bacia de Santos, causou o primeiro vazamento de petróleo no pré-sal. Na ocasião, houve derrame de 26 mil litros de óleo.

Em relação ao vazamento do dia 18 de fevereiro, a Petrobras informou que o incidente ocorreu logo após uma paralisação programada das atividades da plataforma, para manutenção de equipamentos. A estatal informou que mobilizou dois barcos especializados e uma aeronave, e notificou o fato aos órgãos responsáveis, como a Agência Nacional do Petróleo, IBAMA e Marinha. A Petrobras diz que no mesmo dia do vazamento já não restava vestígio de água oleosa no mar.

Segundo o diretor de Tecnologia e Inovação do Instituto de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe), Segen Estefen, com o aumento do número de operações no pré-sal brasileiro cresce também os riscos de acidentes com petróleo no país.

O Brasil hoje tem que buscar excelência na proteção ambiental. Da mesma forma que desenvolvemos tecnologia de ponta [na exploração e produção de petróleo], temos que mirar nossos esforços na proteção ambiental, de uma forma mais ampla, disse.

Para Estefen, é preciso aumentar a confiabilidade dos equipamentos e dos procedimentos. Ele defende que seja criado um centro de monitoramento e de prevenção de acidentes, a ser composto por universidades de todo o país.

O Globo

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