O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lucrou no ano passado R$ 9 bilhões. O lucro líquido, divulgado ontem, foi 8,7% menor que o de 2010, de R$ 9,9 bilhões.
Mesmo assim, foi o segundo maior já obtido pelo banco, na esteira do seu crescimento acelerado por empréstimos do Tesouro Nacional. O lucro do BNDES em 2011 é nove vezes maior que o obtido em 2003.
"Foi um resultado bastante bom, considerando que em 2011 a economia cresceu menos e mesmo assim foi o segundo melhor da história", destacou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, após participar de um evento em São Paulo.
Segundo ele, até abril o banco não precisará de novo repasse do Tesouro para fazer frente à demanda de crédito para investimentos públicos e privados. O banco ainda tem mais R$ 10 bilhões aprovados para utilizar.
De acordo com Carlos Frederico Rangel, chefe da área financeira do BNDES, a queda do lucro foi provocada pela alta base de comparação provocada pela recuperação de R$ 2,3 bilhões em créditos inadimplentes em 2010.
Isso criou elevada receita de reversão de provisão para risco naquele ano, o que não se repetiu no mesmo volume. Em 2011, foram R$ 800 milhões.
O desempenho financeiro do banco de fomento em 2011 foi outra vez muito influenciado pela carteira de renda variável da subsidiária BNDESpar, cujo resultado bruto subiu 6,25%, para R$ 6,8 bilhões.
A maior contribuição veio do acréscimo de R$ 1,9 bilhão nos ganhos com dividendos e juros sobre capital próprio da carteira de ações, o que mais do que compensou a queda de R$ 1,5 bilhão no ganho com a venda de papéis.
O patrimônio líquido do BNDES alcançou R$ 61 bilhões em dezembro, o que correspondeu a um patrimônio de referência de R$ 99 bilhões, quase 20% superior ao do fim de 2010.
Esse indicador é importante para a expansão dos financiamentos do BNDES porque regras prudenciais do Banco Central impõem limite de 25% do patrimônio de referência como teto por operação. O ativos totais do banco somaram R$ 625 bilhões.
A União tem compensado o pagamento de dividendos do banco ao governo, que ajuda no arremate das contas públicas, com a transferência de ações da Petrobrás sob a forma de capitalização.
Foram R$ 6,8 bilhões em capitalizados em 2011. Ainda em relação ao capital, O BNDES terminou 2011 com Índice de Basileia em 20,6%, bem acima dos 11% obrigatórios.
Suzana Costa, gerente da área financeira, explica que não há um paralelo direto entre a queda de 17% dos desembolsos do banco em 2011 (R$ 140 bilhões), em relação a 2010, e o lucro.
Por outro lado, concorda que o aumento do volume de operações do BNDES com os empréstimos do Tesouro que já levaram R$ 225 bilhões ao caixa do banco é responsável pelo patamar elevado de lucros.
ALEXANDRE RODRIGUES O Estado de S. Paulo
Mesmo assim, foi o segundo maior já obtido pelo banco, na esteira do seu crescimento acelerado por empréstimos do Tesouro Nacional. O lucro do BNDES em 2011 é nove vezes maior que o obtido em 2003.
"Foi um resultado bastante bom, considerando que em 2011 a economia cresceu menos e mesmo assim foi o segundo melhor da história", destacou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, após participar de um evento em São Paulo.
Segundo ele, até abril o banco não precisará de novo repasse do Tesouro para fazer frente à demanda de crédito para investimentos públicos e privados. O banco ainda tem mais R$ 10 bilhões aprovados para utilizar.
De acordo com Carlos Frederico Rangel, chefe da área financeira do BNDES, a queda do lucro foi provocada pela alta base de comparação provocada pela recuperação de R$ 2,3 bilhões em créditos inadimplentes em 2010.
Isso criou elevada receita de reversão de provisão para risco naquele ano, o que não se repetiu no mesmo volume. Em 2011, foram R$ 800 milhões.
O desempenho financeiro do banco de fomento em 2011 foi outra vez muito influenciado pela carteira de renda variável da subsidiária BNDESpar, cujo resultado bruto subiu 6,25%, para R$ 6,8 bilhões.
A maior contribuição veio do acréscimo de R$ 1,9 bilhão nos ganhos com dividendos e juros sobre capital próprio da carteira de ações, o que mais do que compensou a queda de R$ 1,5 bilhão no ganho com a venda de papéis.
O patrimônio líquido do BNDES alcançou R$ 61 bilhões em dezembro, o que correspondeu a um patrimônio de referência de R$ 99 bilhões, quase 20% superior ao do fim de 2010.
Esse indicador é importante para a expansão dos financiamentos do BNDES porque regras prudenciais do Banco Central impõem limite de 25% do patrimônio de referência como teto por operação. O ativos totais do banco somaram R$ 625 bilhões.
A União tem compensado o pagamento de dividendos do banco ao governo, que ajuda no arremate das contas públicas, com a transferência de ações da Petrobrás sob a forma de capitalização.
Foram R$ 6,8 bilhões em capitalizados em 2011. Ainda em relação ao capital, O BNDES terminou 2011 com Índice de Basileia em 20,6%, bem acima dos 11% obrigatórios.
Suzana Costa, gerente da área financeira, explica que não há um paralelo direto entre a queda de 17% dos desembolsos do banco em 2011 (R$ 140 bilhões), em relação a 2010, e o lucro.
Por outro lado, concorda que o aumento do volume de operações do BNDES com os empréstimos do Tesouro que já levaram R$ 225 bilhões ao caixa do banco é responsável pelo patamar elevado de lucros.
ALEXANDRE RODRIGUES O Estado de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário