Escolhido nesta semana pela presidente Dilma Rousseff para comandar o Ministério das Cidades, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) aumentou seu patrimônio em mais de duas vezes e meia entre 2006, quando era deputado estadual na Paraíba, e 2010, ano em que foi eleito para o primeiro mandato na Câmara dos Deputados.
No período, segundo as declarações de bens que ele entregou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o futuro ministro teve uma variação patrimonial de 164,6%: o total de seus bens saltou de R$ 1.350.998,50 para R$ 3.575.093,38.
Para efeito de comparação, a média de valorização do patrimônio dos deputados federais entre 2006 e 2010 foi de 5,2%. Nesse período, Aguinaldo recebia R$ 12,4 mil por mês como deputado estadual da Assembleia Legislativa de seu estado.
Ainda assim, ao longo de quatro anos, o parlamentar comprou dois imóveis, entre eles uma casa de R$ 410 mil, além de dois terrenos e três carros de luxo, sendo um modelo Frontier, ano 2007, por R$ 127 mil.
No mesmo período, o então deputado estadual investiu em cabeças de gado, ações, aplicações em renda fixa e até poupança, em que manteve R$ 133,49.
Além disso, Aguinaldo tem 37 lotes, espalhados pela Paraíba, e três apartamentos em João Pessoa. Somados, os três imóveis foram declarados por R$ 220.261,30. No loteamento Colinas de Pitimbú, na cidade paraibana de mesmo nome, Aguinaldo tinha dois terrenos, em 2006.
Juntos, eles valiam R$ 70 mil, de acordo com o que foi declarado ao TSE. Quatro anos depois, ele adquiriu um terceiro lote, no mesmo endereço. Curiosamente, na declaração de 2010, o deputado informou que os três lotes valiam os mesmos R$ 70 mil.
Outro lado
Procurado pelo Correio, o deputado não citou outras atividades profissionais que justificassem a evolução patrimonial, tampouco explicou como conseguiu, em quatro anos, aumentar seus bens em 2,6 vezes.
"Durante o período, é absolutamente razoável que ocorram transações de imóveis, movimentações financeiras ou mesmo atualização patrimonial", alegou Aguinaldo.
Embora todo candidato a cargo eletivo seja obrigado por lei a enviar sua declaração patrimonial ao TSE, o deputado afirmou que entregou "espontaneamente" seus dados. "Todas as movimentações financeiras e variação patrimonial foram devidamente declaradas à Receita Federal no mais absoluto respeito à legislação em vigor", afirmou.
O deputado não explicou por que manteve o mesmo valor sobre os lotes que possui no Colinas de Pitimbú, apesar de ter declarado mais um terreno.
Indicado pelo partido, Aguinaldo substituirá Mário Negromonte nas Cidades oficialmente a partir de segunda-feira. Antes de chegar à Esplanda, ele foi titular das secretarias de Agricultura e de Ciência e Tecnologia da Paraíba.
Atualmente, responde a dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal sobre supostas irregularidades na Lei de Licitações e suspeitas em torno de seu pai, o ex-prefeito de Campina Grande Enivaldo Ribeiro, envolvido no escândalo dos sanguessugas, em 2006.
Gabriel Mascarenhas e Guilherme Amado Correio Braziliense
No período, segundo as declarações de bens que ele entregou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o futuro ministro teve uma variação patrimonial de 164,6%: o total de seus bens saltou de R$ 1.350.998,50 para R$ 3.575.093,38.
Para efeito de comparação, a média de valorização do patrimônio dos deputados federais entre 2006 e 2010 foi de 5,2%. Nesse período, Aguinaldo recebia R$ 12,4 mil por mês como deputado estadual da Assembleia Legislativa de seu estado.
Ainda assim, ao longo de quatro anos, o parlamentar comprou dois imóveis, entre eles uma casa de R$ 410 mil, além de dois terrenos e três carros de luxo, sendo um modelo Frontier, ano 2007, por R$ 127 mil.
No mesmo período, o então deputado estadual investiu em cabeças de gado, ações, aplicações em renda fixa e até poupança, em que manteve R$ 133,49.
Além disso, Aguinaldo tem 37 lotes, espalhados pela Paraíba, e três apartamentos em João Pessoa. Somados, os três imóveis foram declarados por R$ 220.261,30. No loteamento Colinas de Pitimbú, na cidade paraibana de mesmo nome, Aguinaldo tinha dois terrenos, em 2006.
Juntos, eles valiam R$ 70 mil, de acordo com o que foi declarado ao TSE. Quatro anos depois, ele adquiriu um terceiro lote, no mesmo endereço. Curiosamente, na declaração de 2010, o deputado informou que os três lotes valiam os mesmos R$ 70 mil.
Outro lado
Procurado pelo Correio, o deputado não citou outras atividades profissionais que justificassem a evolução patrimonial, tampouco explicou como conseguiu, em quatro anos, aumentar seus bens em 2,6 vezes.
"Durante o período, é absolutamente razoável que ocorram transações de imóveis, movimentações financeiras ou mesmo atualização patrimonial", alegou Aguinaldo.
Embora todo candidato a cargo eletivo seja obrigado por lei a enviar sua declaração patrimonial ao TSE, o deputado afirmou que entregou "espontaneamente" seus dados. "Todas as movimentações financeiras e variação patrimonial foram devidamente declaradas à Receita Federal no mais absoluto respeito à legislação em vigor", afirmou.
O deputado não explicou por que manteve o mesmo valor sobre os lotes que possui no Colinas de Pitimbú, apesar de ter declarado mais um terreno.
Indicado pelo partido, Aguinaldo substituirá Mário Negromonte nas Cidades oficialmente a partir de segunda-feira. Antes de chegar à Esplanda, ele foi titular das secretarias de Agricultura e de Ciência e Tecnologia da Paraíba.
Atualmente, responde a dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal sobre supostas irregularidades na Lei de Licitações e suspeitas em torno de seu pai, o ex-prefeito de Campina Grande Enivaldo Ribeiro, envolvido no escândalo dos sanguessugas, em 2006.
Gabriel Mascarenhas e Guilherme Amado Correio Braziliense
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