"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

dezembro 06, 2011

Mais sobre a "putência" do brasil maravilha "deles". BUFÃO: PIB de 3,8% em 2011 'não é mais alcançável'. EM CRISE ZONA DO EURO CRESCE MAIS DO QUE BRASIL

O baque sentido pela economia brasileira no terceiro trimestre foi tão forte que o Brasil teve desempenho semelhante à Espanha, um dos piores da zona do euro.

O Produto Interno Bruto (PIB, total de bens e serviços produzidos no país) do Brasil e da Espanha tiveram variação nula (0,0%) no terceiro trimestre, na comparação com o segundo trimestre deste ano.
Foto: Arte/O GLOBO / Arte/O GLOBO
No mesmo período, os 17 países-membros da zona do euro tiveram crescimento médio de 0,2%.

Levantamento atualizado até dezembro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com dados de 27 países, mostra que o desempenho brasileiro só foi superior ao de Portugal, Holanda e Dinamarca. Não foram considerados dados de Itália e Grécia.

A riqueza gerada por Portugal recuou 0,4% no terceiro trimestre. Na mesma base de comparação, o PIB da Holanda caiu 0,3% e o da Dinamarca, 0,8%.

Dos grandes países da América Latina, o Brasil foi o país que sofreu o maior impacto da crise. Precisaria de uma recuperação visível para crescer 3% neste ano diz Alberto Ramos, co-diretor de pesquisa econômica em países emergentes do banco americano Goldman Sachs.

Ele diz que a inflação alta, o real valorizado e contenção de crédito do início do ano só agravaram os efeitos da contração na demanda internacional.

Confira a variação do PIB no 3º trimestre, comparada ao 2º trimestre de 2011:
Suécia:1,6%
Japão:1,5%
Noruega:1,4%
México:1,3%
Indonésia:1,3%
Polônia:1,0%
Canadá:0,9%
Finlândia:0,9%
Israel:0,8%
Estônia:0,8%
Eslováquia:0,7%
Coréia do Sul:0,7%
Chile:0,6%
Estados Unidos:0,5%
Alemanha:0,5%
Reino Unido:0,5%
Hungria:0,5%
África do Sul:0,4%
França:0,4%
Áustria:0,3%
Suiça:0,2%
União Europeia:0,2%
Zona do Euro:0,2%
Brasil:0,0%
Bélgica:0,0%
República Checa:0,0%
Espanha:0,0%
Holanda:-0,3%
Portugal:-0,4%
Dinamarca:-0,8%

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BUFÃO :

"Meta do governo de alta do PIB de 3,8% em 2011 'não é mais alcançável'

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu nesta terça-feira que a estagnação da economia no terceiro trimestre de 2011 vai tornar impossível que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça os 3,8% que estavam sendo esperados pelo governo para esse ano.

Ele lembrou que os dados do IBGE mostram que o atual ritmo de crescimento da economia é de 3,2%, percentual que deve se confirmar para 2011.
- O crescimento que nós temos agora é de 3,2%. Isso pode dar alguma pista do que poderá ser este ano. Uma taxa de 3,8% não é mais alcançável - afirmou Mantega.

O ministro disse que a estagnação em relação ao segundo trimestre de 2011 foi uma combinação do agravamento da crise internacional com as medidas de contenção do crédito que foram adotadas pelo governo para segurar pressões inflacionárias no início do ano.

Mesmo assim, Mantega disse que não acredita que as ações da equipe econômica tenham sido exageradas:
- Não acho que o governo pisou demais no freio. O que foi inesperado foi o agravamento da crise internacional, que não existia quando começamos a desacelerar a economia. Isso teve alguma repercussão. Embora a crise não tenha um efeito direto na população, você fica lendo as notícias todo dia de que a coisa está feia, de que as pessoas estão perdendo os empregos e isso afeta as expectativas.

O Globo

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