O ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB-MA), docemente constrangido, está preparado para comparecer à Câmara dos Deputados e prestar esclarecimentos sobre o novo escândalo do governo:
a prisão pela Polícia Federal do secretário executivo da pasta, Frederico Silva da Costa, e de mais 34 pessoas — de 38 com prisão decretada.
Dirá que entrou de gaiato no navio, sem saber o que havia nos porões.
Os deputados tucanos Otavio Leite (RJ) e Rui Palmeira (AL) chegaram a apresentar, na tarde ontem, na Comissão de Turismo da Câmara, requerimento de convocação de Novais, mas o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), anunciou imediatamente após que o ministro compareceria à comissão por orientação do partido, que apoia a convocação.
As investigações da PF, batizadas de Operação Voucher, são referentes a 2009, período em que Novais não estava na pasta. O ministro do Turismo era o atual presidente do Sebrae, Luiz Barretto, petista de carteirinha.
Pelo balanço do navio, o novo escândalo pode acabar no colo do PT.
Uma parte da base governista está predisposta a apoiar a oposição na instalação de uma comissão parlamentar de inquérito que crie problemas para o partido.
Desconfiança
O presidente em exercício do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), na reunião dos caciques do PMDB com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi o primeiro a manifestar estranheza com o fato de o governo, especialmente o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, desconhecer previamente a Operação Voucher.
Raupp recebeu apoio do presidente do Senado, José Sarney, do Amapá, para quem "não existe" iniciativa desse porte, envolvendo cerca de 200 policiais federais e 35 pessoas presas, sem o conhecimento do diretor-geral da PF.
Surpresa
Logo no início da reunião com a bancada do PMDB, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, admitiu que ficara "estupefata" diante dos acontecimentos. Lembrou, porém, que a Polícia Federal tem autonomia para investigar e lamentou a coincidência do fato com o lançamento do programa do governo de apoio aos microempresários.
Fez um apelo para manter a aliança PT-PMDB como "a espinha dorsal do governo".
De grego
O zum-zum-zum no Congresso sobre as maracutaias com emendas parlamentares no Ministério do Turismo é antigo. O fato de o ministério trocar de mãos, passando do PT para o PMDB, foi uma tentativa de virar a página na pasta.
O novo ministro assumiu o cargo sob descrédito depois do aluguel de uma suíte de um motel no Maranhão com dinheiro da verba de gabinete da Câmara. Enfraquecido, quase não mexeu na equipe do ministério.
Luiz Carlos Azedo Correio Braziliense
a prisão pela Polícia Federal do secretário executivo da pasta, Frederico Silva da Costa, e de mais 34 pessoas — de 38 com prisão decretada.
Dirá que entrou de gaiato no navio, sem saber o que havia nos porões.
Os deputados tucanos Otavio Leite (RJ) e Rui Palmeira (AL) chegaram a apresentar, na tarde ontem, na Comissão de Turismo da Câmara, requerimento de convocação de Novais, mas o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), anunciou imediatamente após que o ministro compareceria à comissão por orientação do partido, que apoia a convocação.
As investigações da PF, batizadas de Operação Voucher, são referentes a 2009, período em que Novais não estava na pasta. O ministro do Turismo era o atual presidente do Sebrae, Luiz Barretto, petista de carteirinha.
Pelo balanço do navio, o novo escândalo pode acabar no colo do PT.
Uma parte da base governista está predisposta a apoiar a oposição na instalação de uma comissão parlamentar de inquérito que crie problemas para o partido.
Desconfiança
O presidente em exercício do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), na reunião dos caciques do PMDB com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi o primeiro a manifestar estranheza com o fato de o governo, especialmente o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, desconhecer previamente a Operação Voucher.
Raupp recebeu apoio do presidente do Senado, José Sarney, do Amapá, para quem "não existe" iniciativa desse porte, envolvendo cerca de 200 policiais federais e 35 pessoas presas, sem o conhecimento do diretor-geral da PF.
Surpresa
Logo no início da reunião com a bancada do PMDB, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, admitiu que ficara "estupefata" diante dos acontecimentos. Lembrou, porém, que a Polícia Federal tem autonomia para investigar e lamentou a coincidência do fato com o lançamento do programa do governo de apoio aos microempresários.
Fez um apelo para manter a aliança PT-PMDB como "a espinha dorsal do governo".
De grego
O zum-zum-zum no Congresso sobre as maracutaias com emendas parlamentares no Ministério do Turismo é antigo. O fato de o ministério trocar de mãos, passando do PT para o PMDB, foi uma tentativa de virar a página na pasta.
O novo ministro assumiu o cargo sob descrédito depois do aluguel de uma suíte de um motel no Maranhão com dinheiro da verba de gabinete da Câmara. Enfraquecido, quase não mexeu na equipe do ministério.
Luiz Carlos Azedo Correio Braziliense
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