O Palácio do Planalto quer aproveitar hoje a apresentação do primeiro balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo da presidente Dilma Rousseff para sair da agenda da "faxina" e introduzir o marketing da "gestão".
O balanço que será apresentado pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, deve retomar a fórmula que, no governo Lula, deu visibilidade e projetou a então chefe da Casa Civil como a mãe do PAC.
A estratégia palaciana não é por acaso. Pesquisas que chegaram às mãos de Dilma indicam que a postura firme dela na "faxina" do Ministério dos Transportes foi amplamente aprovada pela população, especialmente pela classe média.
Mas analistas ouvidos pelo Planalto alertam que não basta apenas o marketing da "vassoura", porque a população quer ações concretas.
Segundo essa avaliação, a população quer resultado naquilo que Dilma apresentou como sendo o seu principal atributo na campanha eleitoral: o fator gerencial. A estratégia é ressaltar a ação de bom gestor do governo como um todo.
- A ideia não é destacar a ação de Dilma como a gerente do governo, até porque ela é a presidente. A ideia é dar visibilidade às ações de governo e mostrar resultado concreto da gestão. Até porque ficar na agenda da limpeza nos Transportes tem um limite. Está na hora de começar a apresentar números - explicou um assessor palaciano.
A crise dos Transportes pode afetar, de alguma forma, o resultado do PAC nas obras rodoviárias e ferroviárias, mas o discurso de hoje será no sentido de que medidas estão sendo tomadas para garantir a volta da normalidade ao setor.
Gerson Camarotti O Globo
Governo divulga hoje balanço do PAC
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