Se o futuro do Brasil está nas mãos dos estudantes e quem os representa é a UNE, então é bom começar a pensar em um plano B.
Em artigo no GLOBO, o novo presidente, Daniel Iliescu, nem tão novo assim, porque tem 26 anos e já poderia estar formado e trabalhando, nega ser chapa-branca argumentando que a UNE é preta, vermelha, amarela, de todas as cores.
Que fofura!
Igualzinha ao comercial do agrobusiness com Lima Duarte na televisão.
O companheiro Iliescu afirma o pluralismo da entidade, que tem filiados de todos os partidos, embora seja um braço do PCdoB governista há mais de nove anos.
Para ele a presença de 10 mil estudantes no congresso de Goiânia "é indicativo de uma juventude corajosa, generosa e mobilizada".
Que coragem !
Que generosidade ir a uma boca-livre oferecida pela Petrobras.
Mas ao menos ele reconhece que a grande maioria dos estudantes não se interessa pelos partidos nem pela UNE.
Melhor assim.
A UNE está cada vez mais parecida com um sindicato lulista.
A pérola de seu artigo é a justificativa do patrocínio oficial à UNE comparando-a aos principais veículos da imprensa brasileira, "que recebem milhões de reais em verbas publicitárias e não têm sua independência e seu senso critico questionados".
A grande midia pode ser independente porque não vive só de anuncios oficiais, como os "blogueiros progressistas".
A Petrobras precisa anunciar para vender mais óleo e gasolina e não para comprar opiniões. Talvez nem seja o caso de estudar mais, bastaria ler jornais e revistas.
O pior é tentar fugir da chapa-branca alegando que "as principais bandeiras da UNE têm pontos de dissenso com o governo federal", tipo o governo quer dar 7% do PIB ao Plano Nacional de Educação e a UNE quer 10%.
Mas hoje o que mais falta para a educação não é dinheiro, é bom uso dos recursos, menos roubo e melhor qualidade do ensino.
A UNE também é "radicalmente contra as abusivas taxas de juros do Banco Central e a favor de mais investimentos e desenvolvimento", mas quem não é?
Resta aos caras-pintadas ir para as ruas com coragem, generosidade e mobilização, e derrubar os juros.
Nelson Motta
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