"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 10, 2011

MÁGOAS ANTIGAS.

A crise envolvendo o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci trouxe à luz uma guerra que o PT trava desde a posse da presidente Dilma Rousseff.

Naquela época, um grupo tentou fazer de Cândido Vaccarezza ministro de Relações Institucionais, mas, numa operação para contentar o Rio de Janeiro, que estava fora do governo, o ministério terminou nas mãos de Luiz Sérgio. Vaccarezza, então, seria candidato à Presidência da Câmara.

Ocorre que, depois de perder o ministério de Relações Institucionais e todos os outros que consideram de "primeira linha" para o grupo que gravita na órbita da tendência Construindo Um Novo Brasil (CNB), o PT ligado ao ex-presidente da Câmara Arlindo Chinaglia optou por dar um basta na disputa.

E assim se deu a eleição de Marco Maia para o comando da Câmara. Embora seja do CNB, Maia não era da "patota" de João Paulo Cunha e de Luiz Sérgio. A Vaccarezza restou o papel de líder do governo na Câmara.

Essa disputa deixou reflexos e ressentimentos no PT, que afloraram com a crise sobre Palocci. E há um consenso de que, se Dilma não apaziguar o PT, não haverá ambiente de governabilidade para votação de textos polêmicos.

Esse é considerado o X para o fim da crise e o próximo passo de reorganização da articulação política será dado hoje com reuniões internas do partido. A bola da crise está hoje na sigla da presidente Dilma.

Correio Braziliense

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