"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 10, 2011

DOGMA DA VAGABUNDAGEM NO GOVERNO DO pARTIDO tORPE : NÃO É ILEGAL.É APENAS IMORAL...

"Quando atacam um companheiro nosso, temos que defendê-lo. Nem que depois a gente o chame num canto e diga que ele está errado."

A frase poderia ser de um chefão mafioso para a quadrilha, ou de um lobo para a matilha, mas é a mais perfeita expressão do conceito lulista de ética, que se aplica tanto a Delúbio e Zé Dirceu como a Sarney, Renan e Severino.


Claro que depois Lula os chamou num canto e disse que eles estavam errados, nós sabemos como Lula é rigoroso. Na ética companheira o mais importante não é fazer errado, é não ser flagrado. Falar com a língua presa não é nada, o problema é ter preso o rabo.

Assim como os livros do MEC ensinam que 10 - 7 = 4, e que falar errado é só um preconceito linguístico, o lulismo trouxe conceitos éticos inovadores, como o que aceita o roubo e a corrupção, desde que seja para o partido.

Mas se for em causa própria, basta chamar o partido para defender o companheiro e salvá-lo da cadeia. Depois será chamado de lado para ouvir que estava errado.


No Brasil pós-Lula ninguém se envergonha de ser eleito para defender os interesses do país e dos seus eleitores — e tambem dar consultas para empresas privadas que só têm interesse em seus lucros.

Mas não é ilegal, gritam.
É apenas imoral.
Em países sérios seria, mas aqui nunca será, porque os deputados jamais vão legislar contra seus próprios interesses.
É só uma afronta a homens e mulheres honestos que lutam para ganhar a vida e pagar impostos para sustentar essa gentalha.
O traficante de influência é pior do que o de drogas, porque vende o que não lhe pertence.


Mesmo assim eles não conseguem viver com o salário de 25 mil — maior do que o de parlamentares americanos e japoneses — e por isso precisam manter outro emprego, como Palocci e outros "consultores".
São deputados part time, que servem mais a seus clientes do que ao país.


Com todo respeito pela minoria que ainda resiste, atualmente a deputança parece apenas uma boquinha meio período, um trampolim para subir na vida e nivelar por baixo.
Como diz a velha piada, mais atual do que nuca, eles estão fazendo na vida pública
o que fazem na privada.


Nelson Motta
Lição de pornopolítica

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