O PT tem gastado muita saliva - e bilionária verba publicitária pública - para vender aos brasileiros a ideia de que está construindo um país de sonhos.
Na campanha eleitoral do ano passado, o mundo cor-de-rosa cintilou dia após dia nos programas de TV da candidata Dilma Rousseff.
Demorou pouco para que toda esta fantasia desbotasse.
Ninguém se esquecerá dos grandiosos eventos para divulgar o Minha Casa Minha Vida. Das festas para comemorar as conquistas da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Todos também se lembrarão das caravanas para visitar canteiros e inaugurar pedras fundamentais de obras do PAC protagonizadas por Lula e uma penca de ministros. Quase nada disso existe no mundo real.
Comecemos pelas obras da Copa, objeto de estudo oficial divulgado ontem pelo Ipea. Lá está dito que 9 dos 13 aeroportos das cidades brasileiras que vão sediar os jogos em 2014 não estarão prontos a tempo para o evento. É o caso de Manaus, Fortaleza, Brasília, Guarulhos, Salvador, Campinas, Cuiabá, Confins (Belo Horizonte) e Porto Alegre.
Quando (e se) estiverem terminadas, as intervenções já não serão suficientes para dar conforto aos passageiros.
Chegarão já ultrapassadas.
Não se diga, porém, que não houve tempo hábil para as autoridades agirem:
o Brasil foi escolhido sede da Copa em outubro de 2007, mas desde então a situação só piorou.
Nos dois últimos anos, aponta o Ipea, passamos a ter 14 dos 20 principais terminais operando em condição crítica, ou seja, acima da capacidade.
Até então, eram "apenas" 11. Nenhum aeroporto melhorou e o governo do PT nada fez, a despeito da escalada de uso de transporte aéreo no país verificada nos anos recentes.
O governo federal anunciou nesta semana que chamará governadores e prefeitos das cidades-sede às falas para cobrar-lhes agilidade nas obras.
Antes disso, a presidente da República - que chefiou a Casa Civil por quase cinco anos e deveria ser, portanto, responsável pelo bom andamento dos trabalhos - deveria olhar para o próprio umbigo.
Somente 44% da verba autorizada para a Infraero entre 2003 e 2010 foi aplicada. Nos últimos oito anos, a média de investimentos da estatal nos nossos aeroportos foi de R$ 430,3 milhões.
Isso significa que, para fazer frente aos R$ 5,6 bilhões necessários à preparação para a Copa, terá de triplicar o ritmo nos próximos três anos.
Alguém crê nisso?
Passemos agora ao PAC, em estado de virtual paralisia.
Mostra hoje O Estado de S.Paulo que, dos R$ 40,1 bilhões de gastos autorizados para o programa neste ano, apenas R$ 102 milhões (0,25%) foram pagos até agora. São, portanto, mais de cem dias sem nada fazer - até por isso mesmo, o PAC tem sido convenientemente esquecido pelo atual governo...
Ações propaladas como carros-chefes do PAC durante a campanha eleitoral de Dilma até hoje não avançaram um centímetro.
É o caso, para citar apenas algumas, das 500 Unidades de Pronto Atendimento (UPA), das unidades básicas de saúde, dos postos de polícia comunitária.
Tem mais coisa parada por aí.
A Folha de S.Paulo mostra o castelo de areia que tem se revelado o Minha Casa Minha Vida.
O programa do governo federal completou dois anos sem entregar nenhum imóvel às famílias de São Paulo com renda até três salários mínimos.
Estão previstas 40 mil unidades na cidade, mas somente 3 mil estão sendo construídas.
A situação não é específica da capital paulista.
Neste ano, nenhum contrato para famílias que recebem até três salários mínimos foi assinado pela Caixa em todo o Brasil, mostrou o Estadão em fins de março.
O governo admite o problema e informa que o programa só deverá ser retomado em julho.
Não espanta que, diante de tanta incapacidade para "cumprir todas as metas estabelecidas, com planejamento, metas claras e muito trabalho", como Dilma prometeu na campanha eleitoral, o governo do PT esteja apelando a chicanas jurídicas, como revela O Globo hoje.
No projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2012, que enviará hoje ao Congresso, o governo deve estipular "regras mais flexíveis" para a realização das obras da Copa e das Olimpíadas.
Segundo interlocutores da área econômica ouvidos pelo jornal, pretende-se agilizar processos de licitação "como (se) faz em situações de emergência".
Driblar a fiscalização, calar críticos e dar margem a imensos desperdícios de recursos públicos é algo recorrente nas administrações do PT.
Em 2010, o governo Lula já havia modificado regras para desimpedir certo tipo de obras.
Nem assim conseguiu realizá-las.
Se continuar nesta toada, vai ser preciso torrar muita verba de publicidade para esconder que tem muita coisa errada acontecendo por aí.
Fonte: ITV
Na campanha eleitoral do ano passado, o mundo cor-de-rosa cintilou dia após dia nos programas de TV da candidata Dilma Rousseff.
Demorou pouco para que toda esta fantasia desbotasse.
Ninguém se esquecerá dos grandiosos eventos para divulgar o Minha Casa Minha Vida. Das festas para comemorar as conquistas da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Todos também se lembrarão das caravanas para visitar canteiros e inaugurar pedras fundamentais de obras do PAC protagonizadas por Lula e uma penca de ministros. Quase nada disso existe no mundo real.
Comecemos pelas obras da Copa, objeto de estudo oficial divulgado ontem pelo Ipea. Lá está dito que 9 dos 13 aeroportos das cidades brasileiras que vão sediar os jogos em 2014 não estarão prontos a tempo para o evento. É o caso de Manaus, Fortaleza, Brasília, Guarulhos, Salvador, Campinas, Cuiabá, Confins (Belo Horizonte) e Porto Alegre.
Quando (e se) estiverem terminadas, as intervenções já não serão suficientes para dar conforto aos passageiros.
Chegarão já ultrapassadas.
Não se diga, porém, que não houve tempo hábil para as autoridades agirem:
o Brasil foi escolhido sede da Copa em outubro de 2007, mas desde então a situação só piorou.
Nos dois últimos anos, aponta o Ipea, passamos a ter 14 dos 20 principais terminais operando em condição crítica, ou seja, acima da capacidade.
Até então, eram "apenas" 11. Nenhum aeroporto melhorou e o governo do PT nada fez, a despeito da escalada de uso de transporte aéreo no país verificada nos anos recentes.
O governo federal anunciou nesta semana que chamará governadores e prefeitos das cidades-sede às falas para cobrar-lhes agilidade nas obras.
Antes disso, a presidente da República - que chefiou a Casa Civil por quase cinco anos e deveria ser, portanto, responsável pelo bom andamento dos trabalhos - deveria olhar para o próprio umbigo.
Somente 44% da verba autorizada para a Infraero entre 2003 e 2010 foi aplicada. Nos últimos oito anos, a média de investimentos da estatal nos nossos aeroportos foi de R$ 430,3 milhões.
Isso significa que, para fazer frente aos R$ 5,6 bilhões necessários à preparação para a Copa, terá de triplicar o ritmo nos próximos três anos.
Alguém crê nisso?
Passemos agora ao PAC, em estado de virtual paralisia.
Mostra hoje O Estado de S.Paulo que, dos R$ 40,1 bilhões de gastos autorizados para o programa neste ano, apenas R$ 102 milhões (0,25%) foram pagos até agora. São, portanto, mais de cem dias sem nada fazer - até por isso mesmo, o PAC tem sido convenientemente esquecido pelo atual governo...
Ações propaladas como carros-chefes do PAC durante a campanha eleitoral de Dilma até hoje não avançaram um centímetro.
É o caso, para citar apenas algumas, das 500 Unidades de Pronto Atendimento (UPA), das unidades básicas de saúde, dos postos de polícia comunitária.
Tem mais coisa parada por aí.
A Folha de S.Paulo mostra o castelo de areia que tem se revelado o Minha Casa Minha Vida.
O programa do governo federal completou dois anos sem entregar nenhum imóvel às famílias de São Paulo com renda até três salários mínimos.
Estão previstas 40 mil unidades na cidade, mas somente 3 mil estão sendo construídas.
A situação não é específica da capital paulista.
Neste ano, nenhum contrato para famílias que recebem até três salários mínimos foi assinado pela Caixa em todo o Brasil, mostrou o Estadão em fins de março.
O governo admite o problema e informa que o programa só deverá ser retomado em julho.
Não espanta que, diante de tanta incapacidade para "cumprir todas as metas estabelecidas, com planejamento, metas claras e muito trabalho", como Dilma prometeu na campanha eleitoral, o governo do PT esteja apelando a chicanas jurídicas, como revela O Globo hoje.
No projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2012, que enviará hoje ao Congresso, o governo deve estipular "regras mais flexíveis" para a realização das obras da Copa e das Olimpíadas.
Segundo interlocutores da área econômica ouvidos pelo jornal, pretende-se agilizar processos de licitação "como (se) faz em situações de emergência".
Driblar a fiscalização, calar críticos e dar margem a imensos desperdícios de recursos públicos é algo recorrente nas administrações do PT.
Em 2010, o governo Lula já havia modificado regras para desimpedir certo tipo de obras.
Nem assim conseguiu realizá-las.
Se continuar nesta toada, vai ser preciso torrar muita verba de publicidade para esconder que tem muita coisa errada acontecendo por aí.
Fonte: ITV
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