Gustavo Paul O Globo
Vitrine da campanha de Dilma à  Presidência, o PAC   ainda não conseguiu tirar do papel 52,8% dos seus  13.958 empreendimentos. 
Segundo levantamento da ONG Contas Abertas, na  fase de obras estão 4.775, o   equivalente a 34,2% do total.
Após 3 anos, só 13% dos empreendimentos foram concluídos, diz ONG. No saneamento, 56,7% estão na etapa inicial
Já os  empreendimentos na fase de obras somam 4.775, o equivalente   a 34,2% do  total. 
Para o coordenador da ONG, economista Gil Castelo Branco, se   mantiver o  ritmo dos últimos meses, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva    deverá encerrar seu governo com pelo menos 40% do programa ainda longe  dos   canteiros de obras.
De acordo com o balanço fechado em dezembro, 54,8%   das obras estavam no papel.
Em quatro meses, esse percentual caiu para   52%. O governo terá de  acelerar muito seu ritmo para alcançar 40% em oito meses   avalia.
Os números mostram que a quantidade de obras com a chancela do   PAC vem  aumentando continuamente. Em agosto de 2009 eram 12.520 empreendimentos    62% das ações não tinham virado obras , passando para 13.330 em  dezembro   passado.
 Em abril o número saltou para para as atuais 13.958  obras. Nesse   intervalo de tempo, o percentual de obras concluídas  também cresceu, mas num   ritmo mais lento: era 9,8% em agosto, passou  para 11,1% em dezembro e está em   13%.
O balanço oficial do PAC faz a avaliação por valores das obras e não   abre pelos estados.
Por isso, os percentuais são divergentes em relação   ao do Contas  Abertas. De acordo com a Casa Civil, em abril já haviam sido    executados 70,7% dos R$ 656,5 bilhões do PAC e foram concluídos 46,1%  das ações,   o equivalente a R$ 302,5 bilhões. 
Por isso, a Casa Civil  contesta a ONG. Segundo   o órgão, o critério correto de avaliação do  programa é o do valor do   investimento.
Eles também não consideram correto somar   ações do PAC que se encontram  em diferentes estágios de execução e agrupá-las   sob a classificação  genérica de ainda estão no papel. (Os empreendimentos) estão   sendo  executados conforme seus cronogramas.
Isto é muito diferente de   estar no papel, diz a nota.
Ainda assim, os números de execução das obras   de saneamento mostram  que dificilmente o governo conseguirá entregá-las até   dezembro. Do  total de 8.509 empreendimentos, 56,7% estão nas etapas iniciais,   30%  estão em execução e apenas 12,4% foram concluídas até agora.
Das   4.146 obras de habitação, 56% ainda estão no papel, 1.582 estão sendo executadas   e só 227 (5%) estão prontas.
Nos aeroportos, um dos mais sérios gargalos   para a Copa do Mundo de  2014, o quadro é semelhante: 52,1% das obras ainda não   começaram e  apenas 19% foram entregues.
Uma parcela importante das obras   ficará para o próximo governo  concluir. Na prática, a administração atual vai   escolher as obras que o  sucessor terá de pagar e encerrar diz Gil Castelo   Branco.
Desde que o PAC foi lançado, esse   problema  tem sido recorrente, principalmente nas áreas de saneamento básico e    urbanização.
No Rio, 49,6% não chegaram ao canteiro de obras Outro fator   apontado  pela Abdib são as obstruções que surgem nas diversas etapas dos    empreendimentos.
No Estado do Rio, há 485 obras previstas, e o quadro é   semelhante ao  nacional. Do total, só 9,7% (47) foram concluídas e 40,6% (197)   estão  em execução.
Ao todo, 49,6% não partiram ainda para o canteiro de   obras.
Quanto ao volume de recursos, pelo Rio passam R$ 118,2 bilhões dos   R$ 656,5 bilhões do PAC, o equivalente a 18% do total.
O fraco desempenho   do PAC também se espelha na dificuldade do governo  para desembolsar os recursos   orçamentários do programa. Entre 2007 e  2010 (até jões, mas só  49,2% (R$ 47,1 bilhões) foram efetivamulho), foram autorizados   gastos de R$ 95,7 bilhente   pagos.


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