"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

agosto 16, 2010

AUMENTO DE DÉFICIT COMERCIAL DA INDÚSTRIA CRESCE NA MAIORIA DOS SETORES.


Marta Watanabe/Valor Econômico

A indústria de transformação fechou os primeiros sete meses deste ano com déficit de US$ 19,03 bilhões, com significativa ampliação em relação ao saldo negativo de US$ 7,7 bilhões verificado no mesmo período de 2009.


Mais de um terço da ampliação desse déficit - 37% - foi provocado pela indústria de materiais elétricos e de comunicação, mas a deterioração avançou em outros segmentos menos afetados no ano passado.

O setor de material de transporte ampliou o déficit de US$ 233 milhões para US$ 1,92 bilhão, enquanto o segmento de produtos de matérias plásticas viu seu saldo negativo de US$ 980 milhões saltar para US$ 1,8 bilhão.

No setor têxtil, o déficit de US$ 526 milhões de janeiro a julho do ano passado foi ampliado para US$ 1,2 bilhão no mesmo período de 2010.

Os números são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Para alguns setores, o avanço acendeu a luz amarela para o que pode ser o início da substituição de fornecimento nacional por importados.

José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), acredita que a substituição começa a acontecer em alguns produtos.

De janeiro a junho deste ano, a exportação dos produtos transformados plásticos subiu 24,5% em valores, na comparação com o primeiro semestre de 2009.

No mesmo período, as importações cresceram mais - 39,8%.

Coelho lembra que os embarques de transformados de plásticos foram puxados principalmente por produtos que servem como insumos para outras indústrias, como garrafões e garrafas, laminados autoadesivos, autopeças e embalagens para embutidos.

"São itens em que a indústria nacional tem capacidade não só para abastecimento do mercado interno como também para exportação", diz.

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