"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

julho 25, 2010

COMO NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESTE PAÍS, POBRE BRASIL.

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Rodrigo Rangel e Alessandra Cayley - O Estado de S.Paulo

O gigantismo empresarial da Colossus se limita ao papel e aos discursos dos defensores do projeto em Serra Pelada.

A empresa foi aberta em 2006, especialmente para o projeto de extração de ouro no Sul do Pará.

Na prática, ela é controlada por um grupo de brasileiros bem relacionados no Ministério das Minas e Energia e com ligações estreitas com o próprio Edison Lobão.

No papel, o presidente da empresa é o geólogo Heleno Costa. Mas são tantas as pessoas jurídicas envolvidas no negócio que mesmo os diretores se confundem.

O próprio Heleno diz não ter relação com a Colossus Brasil. "Eu sou vice-presidente da Colossus Internacional", afirmou ele ao Estado na quarta-feira, por telefone.

Recém-saído de um modesto projeto de mineração no interior do Tocantins, o geólogo demonstra que não conhece a fundo o confuso emaranhado de pessoas jurídicas que orbitam o negócio do qual, em tese, é um dos responsáveis.

Perguntado, por exemplo, sobre do ano de criação da empresa no Canadá, ele não soube responder. "Não sei dizer", admitiu.

Também não sabia o nome do presidente da empresa, que afirmou ser "um inglês". Foi preciso que uma voz feminina, ao fundo, soletrasse: "R-a-n-d-y R-e-i-c-h-e-r-t".

Endereço canadense.

outros pontos nebulosos na história. Em Toronto, o Estado visitou o endereço da Colossus. No escritório, num prédio comercial encravado no coração financeiro da cidade, apenas uma secretária dava expediente.

(...)

Às autoridades fiscais brasileiras, a Colossus canadense informou outro endereço: uma sala no número 130 da King Street West, onde funciona a Bolsa de Valores de Toronto.

O prédio é o mesmo onde deveria estar outra empresa, a Maple Minerals, que até pouco tempo atrás aparecia na sociedade da Colossus.

No lugar, porém, não há nenhum vestígio das duas empresas. Pela caixa postal informada, uma pista: é a mesma da Pinetree Capital, um fundo de investimentos que já esteve sob investigação da Ontario Securities Comission (OSC), órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), encarregada de fiscalizar o mercado de ações no Brasil.

No Brasil, o braço local da Colossus funciona num escritório no bairro Funcionários, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

O endereço é o mesmo da Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral, a joint venture formada em sociedade com os garimpeiros, e da Mineração Fazenda Monte Belo, que nos registros da Junta Comercial mineira aparece como sócia minoritária da empresa.

Na pequena placa dependurada na porta, porém, só há referência à Colossus. A recepcionista diz que nunca ouviu falar da Monte Belo.

"Eu sou nova aqui", desconversa.

O "mentor" :

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