"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

dezembro 25, 2009

A RESPONSABILIDADE DE CADA ELEITOR

 Sérgio Lima/Folha

Como fiscalizar seu candidato

Sem ficha limpa, movimento orienta eleitor a pesquisar passado de políticos

Correio Brasiliense
Alessandra Mello

A campanha pela aprovação do projeto que exige ficha limpa para todos os postulantes a um cargo público não acabou. 

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) já traça os planos para 2010. 
A ideia é pressionar o Congresso Nacional a aprovar no próximo ano o projeto de lei de iniciativa popular.

Mas como haverá eleição geral, em outubro, os integrantes da campanha alertam a população a ficar de olho no passado dos candidatos, utilizando-se de informações disponíveis especialmente na internet.

Enquanto o projeto não sai do papel e vira lei, o importante, diz o presidente da Associação Brasileira de Combate à Corrupção e a Impunidade, Caio Magri, é usar todos os recursos para levantar a ficha dos candidatos nas eleições de 2010. 

“Um dos grandes problemas do eleitor hoje em dia é ter acesso simples e direto à informações sobre os candidatos a cargos eletivos, principalmente para a população de baixa renda, que não tem internet, mora na zona rural ou nas periferias das cidades. 
Mas que tem acesso a essas informações não pode ficar de braços cruzados”, defende.

Segundo ele, há um roteiro com três passos importantes para avaliar o candidato. O primeiro é saber se ele é transparente em relação a quem financia sua campanha durante o período eleitoral, e não somente depois, o que é uma obrigação exigida pela Justiça Eleitoral.

O segundo é tentar levantar o histórico da vida desse candidato, se ele tem processos, se já foi condenado. 
“Se estiver enrolado com a Justiça é mau sinal”, avalia Magri. 

O terceiro, diz ele, é saber se, no exercício de algum mandato, caso concorra à reeleição ou já tenha exercido cargo público, o candidato cumpriu as promessas feitas ao longo da campanha. “Antes de votar, pesquise seu candidato. 

Entre nas páginas dos tribunais, veja se ele tem processos, saiba quem foram os doadores nas eleições passadas, caso ele esteja disputando a reeleição, pesquise nas páginas dos jornais se ele apareceu em alguma denúncia de corrupção. 

Fique de olho no passivo e no passado”, alerta.

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