"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

dezembro 11, 2009

FINGÍDOS DE BONS




O primeiro foi o senador José Sarney, num artigo na Folha.
“Ultimamente, os escândalos de corrupção têm marcado a vida pública brasileira.
São episódios vergonhosos que denigrem cada vez mais os políticos”.

O segundo foi o senador Aloyzio Mercadante, na festa de aniversário do PT:
“A oposição deve estar engasgada com o panetone”.

O terceiro foi o presidente Lula, depois de mais um almoço:
“Tenho nojo de ver tanta corrupção”.

Em menos de 10 dias, três personagens enfiadas até o pescoço em patifarias ainda por explicar pegaram carona na roubalheira em Brasília, comandada pelo governador José Roberto Arruda e sua Turma do Panetone, para o esperto hasteamento da bandeira da moralidade.

Pelo andar da carruagem, espantaram-se milhões de perplexos com o espetáculo do cinismo, o PCC já prepara um manifesto exigindo o endurecimento do combate ao crime.

VEJA : O cinismo passou da conta