O primeiro foi o senador José Sarney, num artigo na Folha.
“Ultimamente, os escândalos de corrupção têm marcado a vida pública brasileira.
São episódios vergonhosos que denigrem cada vez mais os políticos”.
O segundo foi o senador Aloyzio Mercadante, na festa de aniversário do PT:
“A oposição deve estar engasgada com o panetone”.
O terceiro foi o presidente Lula, depois de mais um almoço:
“Tenho nojo de ver tanta corrupção”.
Em menos de 10 dias, três personagens enfiadas até o pescoço em patifarias ainda por explicar pegaram carona na roubalheira em Brasília, comandada pelo governador José Roberto Arruda e sua Turma do Panetone, para o esperto hasteamento da bandeira da moralidade.
Pelo andar da carruagem, espantaram-se milhões de perplexos com o espetáculo do cinismo, o PCC já prepara um manifesto exigindo o endurecimento do combate ao crime.
VEJA : O cinismo passou da conta