"Em 2010 o bicho vai pegar" (Lula)
Nenhuma relação do Planalto com o Congresso é casta, todo governo é obrigado a fazer concessões, mas Lula extrapolou, deu tudo para governar. Agora o quê será que restou para "barganhar"?. O Aliadão já está pondo a lingua de fora para o bote :
Ique
“O acerto com o partido foi feito a pretexto de assegurar a governabilidade do governo Lula. É um contrato que expira no final deste governo”.
Previsão viperina do mesmo grão-pemedebê sobre o envolvimento do partido com o projeto Dilma-2010: “O acerto eleitoral exige a celebração de um novo contrato.
"O comportamento do PT decidirá o futuro da candidatura da Dilma...”
“...O êxito da negociação está nas mãos de Lula. O presidente é o grande fiador. O PMDB faz o que lhe cabe: espera.
"A posição de vice é só gogó. Nos Estados, há mais desavença do que concórdia...”
“...Se Dilma fosse um portento eleitoral, a paciência seria ilimitada. Como não é, o PMDB começa a olhar o quintal do vizinho...”
“...Quanto maior a demora, mais sólidos vão ficando os acertos com o outro lado. Os delegados da Convenção Nacional virão dos Estados...”
“...Na hora de a onça beber água, o número de delegados favoráveis a um acerto com a oposição pode ser maior do que o de partidários da aliança com Dilma...”
“...Feita a lambança, que não venham nos chamar de traidores. A Marina Silva e o Ciro Gomes são a nossa anistia”. Fotos: Folha e ABr
O pedaço do PMDB que pende para o apoio à candidatura presidencial de Dilma Rousseff está inquieto.
O alto comando pemedebê nota um descompasso entre o que Lula diz e o que ele faz.
O presidente dissera que agiria para apagar incêndios que ardem nos Estados.
São fogueiras que consomem as relações do PMDB com o PT em diversas províncias. Alimentadas, podem chamuscar a aliança nacional.
Lula informara que chamaria para um particular o ministro pemedebê Geddel Vieira Lima, às turras com o governador petista da Bahia Jaques Wagner. Não chamou.
O presidente assegurara que conversaria com o grão-pemedebê Jader Barbalho, em litígio com a governadora petista do Pará Ana Julia. Não conversou.
Hoje, o nome mais cotado para compor a chapa ao lado de Dilma é Michel Temer (PMDB-SP), presidente da Câmara. Lula se diz simpático à idéia. E fica nisso.
Em qualquer hipótese, o PMDB vai a 2010 dividido, uma parte com Lula, outra com a oposição. O que se discute é quem vai levar o tempo de TV do partido.
Para emprestar sua vitrine televisiva a um candidato, o PMDB precisa aprovar a aliança com o felizardo –ou felizarda— em sua convenção nacional.
Uma convenção composta por delegados que vem dos Estados. Daí a preocupação da ala pró-Dilma de cuidar dos incêndios estaduais ainda passíveis de extinção.
E/BJSU
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