"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

dezembro 08, 2014

EM TEMPO "ESTRANHO" E FUTURO INCERTO... "fazer mais com menos", no caso do órgão, "atingiu seu limite." Jorge Hage entrega carta de demissão da chefia da CGU. Ministro responsável pelo órgão que combate casos de corrupção no governo federal apresenta pedido a Dilma, após oito anos no cargo

O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, afirmou nesta segunda-feira, 8, que apresentou à presidente Dilma Rousseff sua carta de demissão do cargo. Hage está desde 2006 no comando do órgão, responsável pelo combate à corrupção no governo federal.

A afirmação foi feita durante evento de abertura do Dia Internacional contra a Corrupção. No evento, Hage também fez um balanço da atuação da CGU nos últimos anos e revelou que não pretende ficar no cargo no segundo mandato de Dilma. "Sem dúvida é uma despedida. Apresentei à presidente Dilma Rousseff a minha carta pedindo que ela me dispense do próximo mandato. Apresentei isso nos primeiros dias de novembro. A minha pretensão é não ter a minha nomeação renovada".

Hage foi indicado para o cargo durante o primeiro mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva e foi mantido na função por Dilma. Em agosto, Jorge Hage fez um apelo ao Planalto por reforço nas equipes responsáveis pelo combate à corrupção no governo. Em ofícios enviados aos ministros Aloizio Mercadante, Casa Civil, e Miriam Belchior, Planejamento, ele pediu, "em caráter de urgência", autorização da presidente Dilma Rousseff para a convocação de candidatos que passaram por concurso público em 2012. 

Afirmou ainda que "o esforço de fazer mais com menos", no caso do órgão, "atingiu seu limite."

Erich Decat - O Estado de S. Paulo

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