"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 30, 2014

Medo cresce entre brasileiros, aponta CNI. Índice de Medo do Desemprego registrou alta de 3,4% no trimestre encerrado em junho. "aumento do desemprego e a queda na renda pessoal - o pior resultado nesses itens desde 2005".


Apesar da euforia com a realização da Copa no País, o brasileiro está mais temeroso de perder o emprego. O "Índice de Medo do Desemprego" de junho atingiu 76,1 pontos, ante 73,6 pontos em março, representando alta de 3,4%. O dado está presente na mais recente edição da pesquisa trimestral "Termômetros da Sociedade Brasileira", divulgada há pouco pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Foi a quinta alta consecutiva do indicador.

O sentimento de perder o emprego apresentou a maior alta porcentual (5,76%) entre as pessoas que estudaram até a quarta série do ensino fundamental, atingindo 73,4 pontos em junho, contra 69,4 pontos de março. Entre as pessoas com curso superior, o receio de ficar desempregado ficou em 80,9 pontos em junho, ante 78,0 pontos, em março, ou seja, crescimento de 3,72%.

O Sul do País foi a região onde o indicador mais cresceu porcentualmente (7,85%) entre março e junho, passando de 71,3 pontos para 76,9 pontos no período. No Norte e no Centro-Oeste, o medo do desemprego atingiu o maior valor entre as regiões, com 82,4 pontos, em junho; frente 77,0 pontos, em março, alta de 7,01%.

Essa pesquisa da CNI foi divulgada uma semana depois de o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apresentar o pior desempenho em geração de vagas para o mês de maio desde 1992. Foram criadas 58,8 mil vagas com carteira no período, uma queda de 18,3% em relação a maio de 2013.

A CNI ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 13 e 15 de junho para elaborar o estudo apresentado hoje. Na semana passada, a entidade já havia divulgado outra pesquisa, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), sobre a expectativa do consumidor, verificando que o brasileiro teme o aumento do desemprego e a queda na renda pessoal - foi o pior resultado nesses itens desde 2005.

Nivaldo Souza - Agência Estado

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