A Polícia Federal cumpre 21 mandados de busca, apreensão e prisão, na manhã desta sexta-feira, 11, em nova fase da Operação Lava Jato, de combate a lavagem de dinheiro.
Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de
Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de
São Paulo,
Campinas,
Rio de Janeiro,
Macaé
Niterói
e inclui duas prisões temporárias, quatro conduções coercitivas – quando a pessoa é levada apenas para prestar depoimento – e 15 buscas e apreensões.
O Estado apurou que nesta fase da operação o foco são as relações do esquema criminoso com a Petrobrás.
Uma das empresas que estariam sendo investigadas seria a Ecoglobal Ambiental, com sede em Macaé (RJ), que fechou contratos sem licitação com a estatal nos últimos anos. O ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa está preso desde o mês passado pela Operação Lava Jato, acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, também preso, acusado de lavar dinheiro de propinas de fornecedores da petroleira. A primeira fase da operação focou na atuação dos doleiros.
A Petrobrás contratou Ecoglobal pelo menos duas vezes.
Em abril de 2009, a estatal fechou um contrato de R$ 9,5 milhões para serviços técnicos especializados de recuperação de efluentes. Em janeiro de 2010, a petroleira contratou a mesma empresa para serviços de tratamento e descarte de água oleosa, por R$ 4,8 milhões.
A Lava Jato foi desencadeada no dia 17 de março, quando Alberto Youssef foi preso. A operação cumpriu 24 mandados de prisão, além de apreender documentação, veículos, obras de arte e joias em 17 cidades de seis Estados e no Distrito Federal. Youssef já havia sido condenado no caso Banestado, esquema montado nos anos 90 de evasão para o exterior de US$ 30 bilhões. Entre os presos estava também o ex-sócio da Bônus-Banval Enivaldo Quadrado, condenado por envolvimento no mensalão.
Três dias depois, Paulo Roberto da Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, foi preso pela Polícia Federal sob a suspeita de corrupção passiva em razão de suas relações com o doleiro. Em sua casa, a PF encontrou grande quantia de dinheiro em espécie - US$ 180 mil e R$ 720 mil.Costa também é investigado pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro por irregularidades na compra pela Petrobrás da refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos. O ex-diretor foi um dos responsáveis por elaborar o contrato da compra da refinaria.
Andreza Matais e Murilo Rodrigues Alves
Estadão
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