Uma falha no sistema elétrico nacional deixou ao menos 950 mil consumidores sem energia na tarde desta terça-feira (04). As dimensões, área afetada e população atingida ainda não foram divulgadas pelo governo.
O Ministério de Minas e Energia, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informaram estar ciente do problema e que ainda estão tentando dimensionar o impacto.
Nas redes sociais, consumidores relatam falta de luz em alguns bairros do Rio de Janeiro e, em São Paulo, na região da Vila Mariana, do Paraíso e do Ibirapuera.
A Eletropaulo informou que a falha foi identificada às 14h03 e que o fornecimento foi afetado nos bairros de Capão Redondo, Pedreira, Cidade Ademar, Mooca, São Mateus, Vila Prudente, Itaquera, Vila Mariana, Guaianases e Vila Matilde. Também ficaram sem energia clientes nos municípios de Cotia, Vargem Grande Paulista, Embu e Diadema. Ainda segundo a Eletropaulo, o fornecimento já foi normalizado.
A Light, do Rio de Janeiro, desligou 17 subestações de energia a pedido do ONS, interrompendo o fornecimento de energia para cerca de 600 mil clientes. Segundo a empresa, o desligamento ocorreu "devido a uma anormalidade, registrada às 14h03", no Sistema Interligado Nacional (SIN).
"A Light aguarda orientações do ONS para a normalização do sistema", informou em comunicado.
Há problemas também no Paraná. A Copel (Companhia Paranaense de Energia), confirmou uma falha no sistema interligado, que causou quedas de energia em algumas regiões do Paraná. De acordo com a companhia, o problema foi na região de Brasília e 355 mil consumidores foram desligados preventivamente. De acordo com a assessoria da empresa, não há previsão para a normalização do serviço.
Para explicar a situação, o Ministério de Minas e Energia convocou uma coletiva de imprensa para as 17h desta terça-feira (4).
Não está confirmada a presença do ministro Edison Lobão.
Ontem, em evento no Palácio do Planalto, o ministro chegou a afirmar que o baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas no país não representava "nenhum risco de desabastecimento".
Estimativas da EPE indicam que os reservatórios no Sudeste enfrentam a pior situação desde 1953.
Por causa da necessidade de uso de termelétricas para atender a demanda (usinas que funcionam com a queima de carvão e óleo combustível, por exemplo) o governo já estuda fazer novos desembolsos do Tesouro, que a partir do ano que vem podem recair sobre a tarifa do consumidor. A mesma fórmula foi usada ano passado para cobrir os gastos também com uso das usinas térmicas.
JULIA BORBA/DE BRASÍLIA
Folha
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