Antes tarde do que nunca, a oposição dá sinais de que começa a despertar da profunda letargia em que esteve mergulhada nos últimos anos, desde que o PT assumiu o poder. Exímio manipulador das massas com a sedução de seu populismo despudorado, durante os oito anos de mandato presidencial Lula conquistou índices estratosféricos de aprovação popular e, vendendo a falácia de uma "herança maldita", deu um nó na oposição.
Esta não teve competência, nem disposição, para impedir a reeleição de 2006, apesar da eclosão, em 2005, do escândalo do mensalão. Daí para a frente o lulopetismo se firmou no poder. Deu-se ao requinte de impor um poste para sua sucessão. A patranha de que sua candidata era uma gerente competente, somada a seu prestígio, foi bastante para eleger Dilma, mas não para esconder, depois, o fracasso administrativo que é este governo.
O Brasil de hoje não é o mesmo de três anos atrás.
Dilma Rousseff não tem nem de longe o carisma de seu antecessor - embora desfrute de grande popularidade e enfrenta enormes dificuldades para administrar o insaciável apetite do PT pelo poder e a ganância por vantagens de uma base aliada tão ampla quanto infiel. O que existe hoje é um desgoverno escandalosamente alicerçado sobre o fisiologismo, a preocupação eleitoreira com as aparências e, de quebra, um anacrônico dogmatismo ideológico.
Dilma Rousseff não tem nem de longe o carisma de seu antecessor - embora desfrute de grande popularidade e enfrenta enormes dificuldades para administrar o insaciável apetite do PT pelo poder e a ganância por vantagens de uma base aliada tão ampla quanto infiel. O que existe hoje é um desgoverno escandalosamente alicerçado sobre o fisiologismo, a preocupação eleitoreira com as aparências e, de quebra, um anacrônico dogmatismo ideológico.
Aí estão, para comprová-lo, os indicadores econômicos persistentemente insatisfatórios; a incapacidade de cumprir orçamentos e prazos até nos projetos prioritários do PAC; a ameaça de um vexame internacional que tem deixado a Fifa de cabelos em pé com as obras para a Copa do Mundo; e, sobretudo, a crescente insatisfação difusa dos brasileiros com "tudo isso que está aí" transbordando para as ruas desde junho do ano passado.
Isso tudo até a oposição já está conseguindo enxergar.
O teor das declarações feitas nas últimas semanas pelos principais pré-candidatos a enfrentar Dilma Rousseff nas urnas de outubro parece indicar que as lideranças oposicionistas finalmente estão dispostas a deixar seu berço esplêndido e assumir postura mais contundente diante do desgoverno que aí está, deixando de se comportar "quase como se pedissem desculpas ao País por se opor a Lula e ao PT", como observou Dora Kramer em sua coluna (5/2).
Aécio Neves, pré-candidato do PSDB:
"Sob o pretexto das festas de fim de ano, a presidente volta à TV para fazer autoelogio e campanha eleitoral (...). Apenas como exemplo, na ilha da fantasia a que a presidente nos levou mais uma vez, a qualidade do ensino tem melhorado e a criação de creches é comemorada. Enquanto isso, no Brasil real, os resultados dos testes internacionais demonstram o contrário".
E ainda, já em janeiro:
E ainda, já em janeiro:
"Em relação aos leilões do Galeão e do Aeroporto Tancredo Neves, em Confins (MG), a grande constatação é de que, quando o PT acompanha a agenda proposta pelo PSDB, o PT acerta. O lamentável é que essas concessões venham com dez anos de atraso".
Ainda em novembro, preenchendo uma lacuna que chamara a atenção já no pleito presidencial de 2002, o senador mineiro havia deixado claro que Lula também está na mira da oposição tucana:
Ainda em novembro, preenchendo uma lacuna que chamara a atenção já no pleito presidencial de 2002, o senador mineiro havia deixado claro que Lula também está na mira da oposição tucana:
"O presidente Lula tem que parar de brigar com a história. Se não houvesse o governo do Fernando Henrique, com a estabilidade econômica, com a modernização da economia, não teria havido sequer o governo do presidente Lula".
Por sua vez, Eduardo Campos, governador de Pernambuco, ex-ministro de Lula, pré-candidato do PSB, também foi incisivo ao apresentar o seu programa de governo:
Por sua vez, Eduardo Campos, governador de Pernambuco, ex-ministro de Lula, pré-candidato do PSB, também foi incisivo ao apresentar o seu programa de governo:
"O País saiu dos trilhos (...) esse pacto social novo que está no seio da sociedade brasileira não tolera mais esse velho pacto político que mofou e que não vai dar nada de novo e de bom ao povo brasileiro. Não há nesse país, em nenhum recanto onde possamos andar, ninguém que ache que mais quatro anos do que está aí vai fazer bem ao povo brasileiro".
E ainda:
E ainda:
"Não há política social que faça efeito sem desenvolvimento.
É o que estamos vendo agora:
crescimento do analfabetismo, emprego perdendo qualidade, País perdendo competitividade. Vamos legar o quê para as futuras gerações?".
O Estado de São Paulo
É o que estamos vendo agora:
crescimento do analfabetismo, emprego perdendo qualidade, País perdendo competitividade. Vamos legar o quê para as futuras gerações?".
O Estado de São Paulo
2 comentários:
Vao largar o que todos os partidos largaram para as futuras gerações, nada. Depois das diretas já todos os partidos sem excessao trabalharam contra o Brasil. Nenhum deles pensou em um pais do povo para o povo de maneira geral. Todos quiseram se eternizar no poder sem pensar no futuro. Esta mais do que na hora do pais pensar em um leader que atenda as exigências do povo. Chega de dar mordomias para o m..erda sul e cocaleiros, chega de fazer politicagem e dar vantagens as custas dos cofres públicos. O pais perdeu em vinte anos o bonde do desenvolvimento. De ser o melhor em tudo usando seus recursos naturais e usando o povo que em sua maioria e patriota e trabalhador. Fora tantos Ministérios, fora tanto partido politico fora tanto deputados senadores e seus partidos políticos. Fora tanto prefeito governador e suas mordomias. Temos que enxugar esta maquina absurda e ineficiente e trabalhar para o povo e pelo povo.
Ninguem esta se perguntando depois da importação de médicos da ilhota de cuba, o que o Jose Serra, quando Ministro da Saude no governo de Fernando Henrique o filoso, que quebrou tantas patentes de laboratórios estrangeiros para dar medicamento genérico, ou seja em valor inferior aos laboratórios que tiveram suas patentes quebradas, o que ele realmente estava administrando para o povo. Nos vemos hoje em dia alguns que estão no poder e são ou se dizem médicos fazem horrores para tomar conta do poder o que Serra fez dos genéricos. O que o povo esta tomando hoje em dia e quem esta enriquecendo com estes genéricos. Brasil o pais do futuro que nunca chega por causa das patifarias.
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