Com as candidaturas em processo de definição, a pouco menos de um ano para a eleição de 2014, as articulações para a escolha de quem vai disputar os governos estaduais andam a todo vapor. Muito além da realidade local, o que está em jogo é o espaço que cada presidenciável precisa ter nos palanques regionais, decisivos para o resultado final.
Levantamento feito pelo Correio com representantes dos principais partidos que fazem parte do jogo eleitoral aponta que a presidente Dilma Rousseff é a única a já ter engatilhado pelo menos um palanque em todas as unidades da Federação, com exceção do Espírito Santo, onde as negociações ainda estão em curso.
É ela também que tem mais espaços exclusivos.
Levantamento feito pelo Correio com representantes dos principais partidos que fazem parte do jogo eleitoral aponta que a presidente Dilma Rousseff é a única a já ter engatilhado pelo menos um palanque em todas as unidades da Federação, com exceção do Espírito Santo, onde as negociações ainda estão em curso.
É ela também que tem mais espaços exclusivos.
O senador Aécio Neves (PSDB) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), dividem palanques em seis estados.
Por enquanto, Eduardo é o pré-candidato com menos apoio estadual.
Os articuladores das legendas não escondem:
Os articuladores das legendas não escondem:
a chance de vitória é apenas um dos itens levados em conta na escolha de quem será lançado ao comando de cada unidade federativa. “Faz parte da negociação a posição do pré-candidato na campanha presidencial, um dos critérios é ter um palanque para a presidente”, frisa o secretário-geral nacional do PT, deputado federal Paulo Teixeira (SP).
Na reunião do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Dilma e o núcleo político na última quinta-feira, ficou claro que a ordem é isolar o agora assumido adversário Eduardo Campos, pressionando inclusive líderes estaduais que apoiam Dilma, mas que continuaram no PSB, a no mínimo serem neutros na questão nacional. A presidente já não pode reclamar de espaço: chega a ter mais de um palanque provável em vários locais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.
Espaço dividido
Em torno da chapa Eduardo Campos–Marina Silva, os passos ainda são incipientes. A aliança anunciada na última semana pegou os próprios pessebistas de surpresa. O pacto de não agressão acordado semanas antes entre Eduardo e Aécio, em que concentrariam as armas contra Dilma, se dissolveu por completo quando a ex-senadora verde apareceu ao lado do governador pernambucano, reforçando seu nome nacionalmente.
“Até aquele evento da Marina era uma coisa, agora é outra, a tática tem que mudar. Só há duas vagas no segundo turno e vamos ter que disputar uma delas com o Aécio”, advertiu o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral. Com os caminhos sob nova análise, os apoios e as candidaturas locais estão sendo reorganizados. Os números, por enquanto, não são favoráveis a Eduardo Campos, para quem faltam palanques em nove estados e vai ter que dividir espaço com os adversários em outros sete.
No espaço tucano, a ordem é dar preferência a candidaturas próprias em detrimento das alianças, para garantir que Aécio tenha espaço certo em todos os cantos do país. “Até porque é disputando eleição que o partido cresce e se consolida”, justifica o presidente do PSDB paulista, deputado federal Duarte Nogueira. Por enquanto, falta para o projeto tucano definição de candidatos em três estados: Amapá, Ceará e Rio Grande do Norte. Em todos os demais, o senador presidenciável tem ao menos um palanque.
E, mesmo ainda tendo que dividir as atenções em alguns estados com Eduardo Campos, chega a levar vantagem em cinco lugares onde seus candidatos estão à frente nas pesquisas: Paraná, São Paulo, Goiás, Paraíba e Rondônia. Com o reforço na campanha do pessebista, porém, a estratégia tucana também deverá ser revista, principalmente onde um palanque duplo pode impedir o projeto de um dos dois, que já começam a sever, de fato, como adversários nessa disputa.
356 dias
Tempo que falta até a realização do primeiro turno das eleições de 2014
Na reunião do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Dilma e o núcleo político na última quinta-feira, ficou claro que a ordem é isolar o agora assumido adversário Eduardo Campos, pressionando inclusive líderes estaduais que apoiam Dilma, mas que continuaram no PSB, a no mínimo serem neutros na questão nacional. A presidente já não pode reclamar de espaço: chega a ter mais de um palanque provável em vários locais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.
Espaço dividido
Em torno da chapa Eduardo Campos–Marina Silva, os passos ainda são incipientes. A aliança anunciada na última semana pegou os próprios pessebistas de surpresa. O pacto de não agressão acordado semanas antes entre Eduardo e Aécio, em que concentrariam as armas contra Dilma, se dissolveu por completo quando a ex-senadora verde apareceu ao lado do governador pernambucano, reforçando seu nome nacionalmente.
“Até aquele evento da Marina era uma coisa, agora é outra, a tática tem que mudar. Só há duas vagas no segundo turno e vamos ter que disputar uma delas com o Aécio”, advertiu o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral. Com os caminhos sob nova análise, os apoios e as candidaturas locais estão sendo reorganizados. Os números, por enquanto, não são favoráveis a Eduardo Campos, para quem faltam palanques em nove estados e vai ter que dividir espaço com os adversários em outros sete.
No espaço tucano, a ordem é dar preferência a candidaturas próprias em detrimento das alianças, para garantir que Aécio tenha espaço certo em todos os cantos do país. “Até porque é disputando eleição que o partido cresce e se consolida”, justifica o presidente do PSDB paulista, deputado federal Duarte Nogueira. Por enquanto, falta para o projeto tucano definição de candidatos em três estados: Amapá, Ceará e Rio Grande do Norte. Em todos os demais, o senador presidenciável tem ao menos um palanque.
E, mesmo ainda tendo que dividir as atenções em alguns estados com Eduardo Campos, chega a levar vantagem em cinco lugares onde seus candidatos estão à frente nas pesquisas: Paraná, São Paulo, Goiás, Paraíba e Rondônia. Com o reforço na campanha do pessebista, porém, a estratégia tucana também deverá ser revista, principalmente onde um palanque duplo pode impedir o projeto de um dos dois, que já começam a sever, de fato, como adversários nessa disputa.
356 dias
Tempo que falta até a realização do primeiro turno das eleições de 2014
ADRIANA CAITANO/LEANDRO KLEBER
Correio Braziliense
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