"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 11, 2013

DE(s)CÊNIO ! POR "OBRA" DA GERENTONA 1,99/FRENÉTICA/EXTRAORDINÁRIA DE NADA E COISA NENHUMA E O PARLAPATÃO CACHACEIRO - BRASIL REAL : Os fantasmas estão de volta


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Nada mais falta para a percepção geral do retrocesso em que se mete o país. Sem conseguir transpor as barreiras ao crescimento, e distanciando-se progressivamente das políticas que levaram à estabilização econômica, a conjuntura deteriora-se a olhos vistos.

Era previsível que, sem reformas profundas no Estado, com corte de gastos e recuperação da capacidade de investimento, o modelo de fomento ao consumo via programas sociais e barateamento do crédito

logo chegaria ao esgotamento.

Pior:
sem urgentes correções de rumo, até o avanço que levou milhões de brasileiros a migrarem das classes de renda inferiores para patamares superiores está em risco.

Medidas pontuais e de agrado da população — com uma redução de imposto aqui, outra ali —, ajudadas por baixos níveis de desemprego e salários em alta, contribuíram para manter a ilusão de que tudo ia bem.


Não vai.
O PIB, soma das riquezas produzidas pela nação, patina.
Com a oferta praticamente estagnada e a demanda apontando para cima, os preços acenderam outro sinal de alerta.

De início, fez-se pouco caso da inflação.

Afinal, ela apenas ultrapassava o centro da meta.
Sem combate firme, contudo, já venceu a outra metade do caminho
e extrapolou a margem prevista.


Agora é torcer para que o governo não perca de vez o controle.


Por ora, a autoridade monetária aplica a receita clássica:
o aumento da Selic, taxa básica de juros da economia.
Ou seja, com a inflação, outro fantasma de tempos tenebrosos é 

desenterrado.
 

A memória nem precisa ir longe para o contribuinte acordar para mais esse torniquete, pois o alívio só passou a ser aplicado recentemente, em julho de 2011, com cortes sucessivos, que baixaram o índice ao menor patamar da série histórica, iniciada em 1986: 7,25%.

A queda até obrigou o governo a mudar as
 regras da caderneta de poupança, para permitir mais cortes. Contudo, a curva ascendente está de volta, os juros já bateram em 8,25% e o mercado futuro projeta 9% ao ano em suas operações de crédito.

Nesse contexto, agravado pela espectro extra da desvalorização do real frente ao dólar, a desconfiança generaliza-se. 


De 61,7 pontos percentuais no início do governo Dilma, o índice que mede a confiança dos empresários caiu para 57,9.
 

A popularidade da presidente despencou ainda mais:
de 65% para 57%, conforme pesquisa, divulgada sábado pelo Datafolha.

Não bastasse, a agência internacional de classificação de risco Standard & Poor"s (S&P) mudou a perspectiva da dívida brasileira soberana de longo prazo em moeda estrangeira de estável para negativa.


O risco é de que o país perca o grau de investimento, espécie de garantia de porto seguro para o capital. 

 
Tanta coisa fora de lugar torna forçoso reconhecer que a casa está desarrumada. Não é para menos:
são 39 cômodos — ou ministérios, considerando-se na conta as secretarias com tal status.


O alto custo de manutenção fez a economia para o pagamento de juros da dívida pública, o superavit primário, encolher de 4,33% do PIB no primeiro quadrimestre de 2012 para 2,70% no mesmo período deste ano; já a dívida bruta foi de 58,7% para 59,2%.


O deficit externo, entre janeiro e abril, passou de US$ 17,4 bilhões para US$ 33,1 bilhões. Com a crise internacional, nem a balança comercial ajuda. 


Pelo contrário:
estánegativa em US$ 5,391 bilhões.


A hora é de choque de gestão.

Correio Braziliense 

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