"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

março 08, 2013

Inflação oficial de fevereiro fica em 0,60%

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,60% em fevereiro e ficou abaixo da taxa de 0,86% registrada em janeiro em 0,26 ponto percentual. Nos dois primeiros meses do ano, a variação situou-se em 1,47%.

Considerando os últimos doze meses, o índice foi para 6,31%, acima dos 6,15% relativos aos doze meses encerrados em janeiro.
Em fevereiro de 2012, a taxa havia ficado em 0,45%. As informações são do IBGE.

As contas de energia elétrica ficaram 15,17% mais baratas em fevereiro, refletindo boa parte da redução de 18% no valor das tarifas em vigor a partir de 24 de janeiro. Com peso de 3,18%, o item energia elétrica se destacou por exercer significativo impacto para baixo no IPCA de fevereiro, com -0,48 ponto percentual.
 Contando com a queda de 3,91% já incorporada no índice de janeiro, as contas de energia passaram a custar –18,49% neste ano.

Dessa forma, mesmo com expressivos aumentos nos valores do aluguel (2,26%) e condomínio (1,33%), as despesas com Habitação diminuíram 2,38% em fevereiro, constituindo o grupo de menor resultado no mês.

Pelo lado das altas, o destaque ficou com o grupo Educação, com 5,40%, que apresentou a maior variação e contribuiu com 0,24 ponto percentual no índice. Esse resultado reflete os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, que subiram 6,91% e constituíram-se no item de maior impacto individual no mês, com 0,19 ponto percentual.

À exceção de Fortaleza, que não apresentou aumento em virtude da diferença da data de reajuste, nas demais regiões os cursos situaram-se entre os 4,29% registrados na região metropolitana de Porto Alegre e os 9,28% de Belo Horizonte.

O segundo maior impacto individual veio da gasolina, com 0,16 ponto percentual. O preço do litro ficou 4,10% mais caro para o consumidor. A alta nas bombas foi ocasionada pelo reajuste de 6,60% nas refinarias a partir do dia 30 de janeiro.

Subiram, também, os preços do litro do etanol (2,16%) e do óleo diesel (3,72%) em função do reajuste de 5,40% nas refinarias em 31 de janeiro.
Assim, os combustíveis (3,64%) aliados às tarifas dos ônibus urbanos (0,62%) e aos automóveis novos (0,59%) levaram o grupo Transportes para 0,81% em fevereiro, ante 0,75% em janeiro.

Os automóveis novos, com o resultado de 1,41% de janeiro e 0,59% de fevereiro, acumulam variação de 2,01% neste ano, reflexo da redução do desconto no IPI com vistas à recomposição da taxa. 


A respeito das tarifas dos ônibus urbanos, a variação de 0,62% veio de aumentos ocorridos em três regiões metropolitanas: Belo Horizonte (5,66%),
Fortaleza (1,89%)
e Recife (1,46%).

Ainda no grupo Transportes, merece destaque a queda de 9,98% no item passagens aéreas, que, com –0,07 ponto percentual, foi o segundo impacto para baixo mais importante, depois de energia elétrica.

Aos Transportes e Educação juntam-se os artigos de Vestuário (de -0,53% em janeiro para 0,55% em fevereiro) e Comunicação (de -0,08% para 0,10%), constituindo os quatro grupos que apresentaram aceleração de um mês para o outro.

No grupo Despesas Pessoais, apesar da alta de 1,12% no item empregados domésticos, a variação ficou em 0,57%, bem abaixo da taxa de 1,55% do mês anterior. Isso porque os recentes reajustes nos preços dos cigarros já foram incorporados na totalidade, e a variação desacelerou de 10,11% em janeiro para 0,93% em fevereiro.

Mostraram desaceleração, ainda,
os grupos Artigos de Residência (de 1,15% para 0,53%),
Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,73% para 0,65%).

Assim, os não alimentícios ficaram em 0,33% em fevereiro, abaixo da taxa de 0,50% de janeiro. O grupo Alimentação e Bebidas também mostrou desaceleração, passando de 1,99% em janeiro para 1,45% em fevereiro.

No caso de Alimentação e Bebidas, a taxa de 1,45% exerceu o mais expressivo impacto de grupo, com 0,35 ponto percentual. Mesmo mostrando desaceleração em relação à alta de 1,99% de janeiro, o grupo foi responsável por 58% do índice de fevereiro.

Ainda sob influência de problemas climáticos, o tomate ficou 20,17% mais caro, após ter aumentado 26,15% em janeiro, totalizando 51,60% neste ano. Os principais alimentos em alta foram:

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Recife (0,98%), em razão da alta dos alimentos (2,61%), e o menor foi o do Rio de Janeiro (0,25%). A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de janeiro a 27 de fevereiro de 2013 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de dezembro de 2012 a 29 de janeiro de 2013 (base).

INPC variou 0,52% em fevereiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,52% em fevereiro e ficou 0,40 ponto percentual abaixo do resultado de 0,92% de janeiro. Nos dois primeiros meses do ano, a variação situou-se em 1,44%.

Considerando os últimos doze meses, o índice ficou em 6,77%, acima da taxa de 6,63% dos doze meses encerrados em janeiro. Em fevereiro de 2012, o INPC foi de 0,39%.

Os produtos alimentícios aumentaram 1,59% em fevereiro, enquanto os não alimentícios ficaram em 0,07%. Em janeiro, os resultados haviam sido 2,10% e 0,43%, respectivamente.

Sobre os índices regionais, o maior foi o de Recife (1,14%) onde os alimentos tiveram alta de 2,40%. O menor foi o do Rio de Janeiro (-0,06%).


Jornal do Brasil

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