O governo federal confirmou nesta terça-feira que pretende abater da meta cheia de superávit primário a economia feita para o pagamento de juros da dívida um total de R$ 25,6 bilhões. Por meio do relatório de receitas e despesas do orçamento federal, o Ministério do Planejamento informou nesta terça-feira que a medida busca garantir a aceleração do crescimento econômico, bem como o cumprimento dos programas sociais prioritários.
Esse montante a ser deduzido diz respeito aos investimentos do governo federal feitos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A meta cheia (sem abatimento dos gastos do PAC) é de R$ 139,8 bilhões ou 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país).
O cenário de crise internacional levou o governo a adotar e manter medidas de estímulo à economia que, neste momento, levam à redução na arrecadação e ao aumento das despesas. Dentre essas medidas estão desonerações de impostos para o setor produtivo, de aproximadamente R$ 45 bilhões, e a destinação de R$ 8,4 bilhões para o PAC Equipamentos, programa de compras governamentais para a aquisição de veículos e equipamentos informou o Planejamento.
O relatório manteve a projeção da taxa de crescimento real (já descontada a inflação) do PIB em 2% no fechamento do ano. A estimativa, no entanto, continua abaixo da expectativa dos analistas do mercado, de 1,52%.
Além de oficializar o não cumprimento da meta cheia de economia para o pagamento de juros da dívida, o Ministério do Planejamento informou que houve um aumento de R$ 8,4 bilhões no limite de empenho para novas despesas, o que permitirá mais gastos.
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