"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

outubro 03, 2012

Tesouro libera R$ 20 bi para o BNDES e dívida pública cresce

O Tesouro Nacional deve liberar nas próximas semanas entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões de mais um empréstimo ao BNDES. É a segunda parcela do empréstimo total de R$ 45 bilhões anunciado em abril entre as medidas do Plano Brasil Maior de estímulo à indústria.

A primeira parcela de R$ 10 bilhões foi transferida em junho. Em janeiro, o BNDES já havia recebido R$ 10 bilhões de uma linha de R$ 55 bilhões liberada no ano passado. Segundo apurou a Agência Estado, as negociações para a nova parcela devem ser concluídas na próxima semana. O mais provável é que ela seja de R$ 20 bilhões.

Com mais esse dinheiro, o Tesouro terá injetado este ano R$ 61,1 bilhões no BNDES, na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil por meio de empréstimos feitos com títulos públicos. Esses aportes estão sendo feitos pelo governo para aumentar a oferta de crédito e estimular a retomada do crescimento, que ainda não ganhou o ritmo desejado pela equipe econômica.

Efeito Colateral. 

Os empréstimos aos bancos públicos - que já representam cerca de 1,5% do PIB em 2012 - é um dos responsáveis pelo aumento da chamada dívida bruta do governo. Pelas novas previsões do Banco Central (BC), a dívida bruta vai dar este ano um salto de 3 pontos porcentuais, passando de 54,2% para 57,2 %do PIB.

Aumentos tão fortes de um ano para o outro só ocorreram em 2002 e 2009, anos de crise. A projeção anterior do BC era de que a dívida bruta fechasse 2012 em 55,8% do PIB.

Além disso, a dívida bruta está sofrendo o impacto do ajuste que o BC tem sido obrigado a fazer para retirar recursos do mercado. As operações compromissadas bateram recorde por causa da liberação dos compulsórios dos bancos e das compras de dólar que o BC faz para evitar que o real volte a se valorizar. 

/A.F. O Estado de S. Paulo

Nenhum comentário: