"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

setembro 17, 2012

MENSALÃO : Um capítulo e 23 réus

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José Dirceu: corrupção ativa
Ministro da Casa Civil no começo do governo Lula, foi acusado de ser o chefe da quadrilha que subornou parlamentares para fortalecer a base de apoio governista. Deixou o cargo no auge do escândalo, reassumindo o mandato de deputado federal, que acabou sendo cassado.

José Genoino: corrupção ativa
Presidente do PT na época, foi acusado de ser o interlocutor político da quadrilha, propondo acordos e vantagens financeiras aos partidos que comporiam a base do governo. Atualmente é assessor especial no Ministério da Defesa.

Delúbio Soares: corrupção ativa
Então tesoureiro do PT, indicava a Marcos Valério os nomes dos beneficiários e os valores que receberiam. Expulso do PT no auge do escândalo, foi readmitido no partido em 2011.

Marcos Valério: corrupção ativa
Apontado como operador do mensalão, foi acusado de pegar empréstimos fictícios por meio de suas empresas (SMP&B, DNA Propaganda e Graffiti) e distribuir o dinheiro a parlamentares. Já foi condenado pelo crime de corrupção ativa no desvio de recursos do Banco do Brasil e da Câmara dos Deputados. Também já foi considerado culpado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

Rogério Tolentino: corrupção ativa
Advogado da SMP&B, foi acusado de agir conjuntamente com Marcos Valério para viabilizar o esquema criminoso. Já foi condenado pelo crime de lavagem de dinheiro.

Cristiano Paz: corrupção ativa
Sócio de Valério, tinha, segundo o Ministério Público, conhecimento dos delitos, tendo participado do esquema criminoso. Já foi condenado pelo crime de corrupção ativa no desvio de recursos do Banco do Brasil e da Câmara dos Deputados. Também já foi considerado culpado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

Ramon Hollerbach: corrupção ativa
Sócio de Valério, tinha, segundo o Ministério Público, conhecimento dos delitos, tendo participado do esquema criminoso. Já foi condenado pelo crime de corrupção ativa no desvio de recursos do Banco do Brasil e da Câmara dos Deputados. Também já foi considerado culpado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

Simone Vasconcelos: corrupção ativa
Diretora financeira da SMP&B, foi acusada de fazer saques e repassar o dinheiro a parlamentares. Já foi condenada por unanimidade pelo crime de lavagem de dinheiro.

Geiza Dias: corrupção ativa
Gerente financeira da SMP&B, era a responsável por encaminhar ao Banco Rural os nomes dos destinatráios dos recursos. Já foi absolvida pelo crime de lavagem de dinheiro, uma vez que a maioria dos ministros entendeu que ela ocupava uma posição subalterna e apenas cumpria ordens.

Pedro Corrêa: quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Deputado federal pelo PP de Pernambuco e presidente do partido, foi acusado, juntamente com os deputados Pedro Henry (PP-MT) e José Janene (PP-PR), de receber R$ 4,1 milhões do valerioduto. Teve o mandato cassado em 2006.

Pedro Henry: quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Deputado federal pelo PP de Mato Grosso, foi acusado, juntamente com os deputados Pedro Corrêa (PP-PE) e José Janene (PP-PR), de receber R$ 4,1 milhões do valerioduto. Foi absolvido pela Câmara no processo por quebra de decoro. Exerce atualmente o cargo de deputado.

João Cláudio Genu: quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Assessor do líder do PP na Câmara, José Janene (já falecido), recebia pessoalmente no Banco Rural os recursos do valerioduto destinados ao partido.

Enivaldo Quadrado: quadrilha e lavagem de dinheiro
Dono da corretora Bônus Banval, que segundo o Ministério Público lavou dinheiro para o PP.

Breno Fischberg: quadrilha e lavagem de dinheiro
Dono da corretora Bônus Banval, que segundo o Ministério Público lavou dinheiro para o PP.

Valdemar Costa Neto: quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Deputado federal pelo PL de São Paulo e presidente do partido, recebeu R$ 8,89 milhões do valerioduto. Renunciou em 2005 para escapar da cassação, mas voltou ao Congresso e hoje é deputado pelo PR (partido que sucedeu o PL).

Jacinto Lamas: quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Tesoureiro do PL, atuou como intermediário de Valdemar Costa Neto na operação de lavagem de dinheiro do valerioduto.

Bispo Rodrigues: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Deputado federal pelo PL do Rio, recebeu R$ 150 mil do valerioduto. Disse que o dinheiro era para o diretório estadual do partido, renunciou ao mandato e perdeu o posto religioso que tinha na Igreja Universal.

Anderson Adauto: corrupção ativa
Ex-ministro dos Transportes na cota do PL, foi acusado de ter sido a ponte entre o deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) e o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, para viabilizar o repasse de recursos do valerioduto para o PTB. Atualmente é prefeito de Uberaba (MG). Não concorre à reeleição.

Roberto Jefferson: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Deputado federal pelo PTB do Rio e presidente da legenda, recebeu R$ 4 milhões em nome do partido. Delator do esquema, teve o mandato cassado em 2005.

Romeu Queiroz: corrupção passsiva e lavagem de dinheiro
Deputado federal pelo PTB de Minas, foi acusado de ajudar o então presidente do partido, o deputado federal José Carlos Martinez (já falecido), para receber recursos do valerioduto. Foi absolvido pelos colegas no processo de cassação.

Émerson Palmieri: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Apontado como tesoureiro informal do PTB, foi acusado de ter auxiliado Roberto Jefferson a receber R$ 4 milhões do valerioduto.

José Borba: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Deputado federal pelo PMDB do Paraná, foi acusado de receber R$ 200 mil do valerioduto. Atualmente é prefeito de Jandaia do Sul (PR). Não concorre à reeleição.

RÉU PARA QUEM O MINISTÉRIO PÚBLICO PEDE ABSOLVIÇÃO

Antônio Lamas: formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
Assesor do PL, foi acusado de ser intermediário de Valdemar da Costa Neto no recebimento de recursos do valerioduto. Mas a PGR pediu sua absolvição por falta de provas.

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