A ministra Cármen Lúcia aproveitou ontem o fim do seu voto durante o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) para dizer que os jovens não devem desistir da política em razão dos erros de alguns.
A ministra, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), destacou que existem bons políticos e que a alternativa à política é a guerra. Mas lamentou, faltando poucos dias para as eleições municipais de 7 de outubro, que a corrupção tenha o efeito de provocar o desencanto da população com a política.
- Estamos julgando pessoas que eventualmente tenham errado e contrariado o Direito penal. Mas, obviamente, isso não significa, principalmente para os jovens, que a política seja necessariamente ou sempre corrupta. Ao contrário. A humanidade chegou ao momento em que nós chegamos porque é a política ou a guerra - afirmou a ministra.
- Eu não poderia deixar de dizer isso a dez dias das eleições, porque eu não queria que a condenação tão triste de cada um, principalmente desses que receberam a confiança tão grande dos eleitores, tivesse a característica de ser uma forma de descrença na política.
Para ela, o sistema político brasileiro é difícil e, justamente por isso, é preciso rigor ético.
Para ela, o sistema político brasileiro é difícil e, justamente por isso, é preciso rigor ético.
- Cada vez mais é preciso mais rigor na ética e no cumprimento das leis pelos políticos, para que a gente cumpra esse tão difícil modelo brasileiro, exatamente com o rigor que a sociedade espera de cada servidor público, de cada agente público - acrescentou.
Segundo Cármen Lúcia, quem tem um cargo político precisa ser mais rigoroso na ética do que aqueles que não entram na vida pública:
- É a ética ou o caos. Quem exerce o cargo político deve exercê-lo com mais rigor em termos de ética e cumprimento de leis do que aquele que resolve cuidar apenas das suas próprias coisas. Porque está cuidando da coisa de todos. E um malefício, um prejuízo no espaço político, principalmente de corrupção, significa não que alguém foi furtado de alguma coisa, mas que uma sociedade inteira foi furtada.
No intervalo da sessão, o ministro Marco Aurélio Mello falou sobre o comentário da colega:
- Os eleitores devem perceber a importância do voto. É uno, mas ele se soma a tantos outros e implica a escolha dos representantes. Então, cada qual é responsável pelo voto. O voto não deve ser algo que aborreça. Deve ser tomado como o exercício inerente à cidadania.
Segundo Cármen Lúcia, quem tem um cargo político precisa ser mais rigoroso na ética do que aqueles que não entram na vida pública:
- É a ética ou o caos. Quem exerce o cargo político deve exercê-lo com mais rigor em termos de ética e cumprimento de leis do que aquele que resolve cuidar apenas das suas próprias coisas. Porque está cuidando da coisa de todos. E um malefício, um prejuízo no espaço político, principalmente de corrupção, significa não que alguém foi furtado de alguma coisa, mas que uma sociedade inteira foi furtada.
No intervalo da sessão, o ministro Marco Aurélio Mello falou sobre o comentário da colega:
- Os eleitores devem perceber a importância do voto. É uno, mas ele se soma a tantos outros e implica a escolha dos representantes. Então, cada qual é responsável pelo voto. O voto não deve ser algo que aborreça. Deve ser tomado como o exercício inerente à cidadania.
André de Souza
O Globo
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