Isso significa menor disponibilidade de recursos tributáveis, num momento em que o Executivo precisa engordar o caixa para atender tanto as pressões do funcionalismo por aumento de salários quanto a necessidade de dinamizar os investimentos públicos para estimular o crescimento econômico.
Em 2011, para se ter uma ideia, os ganhos das empresas geraram R$ 34 bilhões em Imposto de Renda, equivalentes a 3,5% das receitas primárias do governo central. Em Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), a União amealhou R$ 58 bilhões 5,9% da arrecadação; e, em dividendos, R$ 19,9 bilhões (2% do total).
Sem dúvida, o desempenho ruim terá um impacto grande na arrecadação, tanto pela queda na circulação de mercadorias como no lucro tributável das empresas, analisou o economista Otto Nogami, do Insper-SP.
Pelos cálculos da Economática, o lucro somado das empresas de capital aberto pesquisadas foi de R$ 26,9 bilhões no segundo trimestre de 2012.
No mesmo período de 2011, ele alcançou R$ 50,9 bilhões.
Excluindo-se o setor financeiro, que obteve um recuo menor de 11,1%, a queda foi ainda mais expressiva, de 59,6%.
MARIANA MAINENTI Correio Braziliense
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