O Banco Mundial (Bird) reduziu sua estimativa de crescimento para o Brasil este ano de 3,4% para 2,9%, alertando para um longo período de volatilidade nos mercados financeiros e expansão mais fraca para os países em desenvolvimento como um todo, com aumento das tensões sobre uma piora da crise da dívida na zona do euro.
O avanço dos emergentes deve desacelerar para 5,3% em 2012, depois de ter registrado alta de 6,1% no ano passado.
De acordo com o relatório “Perspectivas da Economia Mundial”, divulgado nesta terça-feira, a economia do Brasil deve operar abaixo do potencial este ano, crescendo 2,9%, antes de seguir rumo a uma alta de 4,2% em 2013.
Segundo as previsões, o país deve continuar crescendo menos do que a região da América Latina e o do Caribe que, afirmou o estudo, opera de acordo com sua capacidade e deve registrar expansão de 3,5% em 2012, ante 4,3% em 2011. O Brasil só crescerá mais que a região em 2013, e apenas 0,1 ponto percentual.
Alertando para uma possível piora na situação da Europa, o Banco Mundial avaliou no relatório que nações em desenvolvimento devem reduzir suas dívidas de curto prazo, cortando déficits orçamentários e seguindo rumo a uma posição monetária mais neutra, para que as políticas possam ser abandonadas rapidamente se necessário.
Apesar do aumento das tensões financeiras globais, cerca de 60% dos países em desenvolvimento estão operando em linha com seu potencial ou acima, acrescentou o Banco Mundial.
O mercado de capitais global e o sentimento do investidor devem permanecer voláteis no médio prazo, tornando a definição de políticas econômicas difícil afirmou o diretor de perspectivas de desenvolvimento do Bird, Hans Timmer.
Ele disse que autoridades dos países em desenvolvimento devem se distanciar do combate a incêndios para fortalecer o potencial de crescimento, ao focar em reformas e investimento em infraestrutura em vez de reagir aos acontecimentos diários na economia global
As previsões sofreram poucas modificações em relação às anunciadas em janeiro. Quanto à economia global, que avançou 2,7% em 2011, o Bird afirmou que ela deve se expandir 2,5% neste ano, acelerando para 3% em 2013 e 3,3% em 2014 sem alterações frente à perspectiva de janeiro.
Para Bird, desaceleração da China será positiva para o país
Timmer advertiu que uma grave crise financeira ainda é possível, mesmo com um cenário de confusão sendo mais provável. Os mercados financeiros já estão no limite, com investidores migrando para a segurança de títulos da dívida dos governos alemão e americano, com temores de que as eleições gregas no domingo possam abrir as portas para que Atenas deixe a zona do euro.
Timmer afirmou que a resolução dos problemas da Europa é um desafio de longo prazo.
Não há bala de prata. Não dá para resolver problemas em um fim de semana. Existem mudanças estruturais necessárias para recuperar o potencial de crescimento na Europa e em outros países de alta renda completou.
As previsões atualizadas do Bird projetam que a economia da zona do euro se contrairá em 0,3% este ano, antes de retomar um crescimento de 0,7% em 2013 e 1,4% em 2014. O avanço foi de 1,6% no ano passado.
A instituição prevê também que o crescimento chinês atingirá uma taxa mais sustentável de 8,2% neste ano, depois de registrar 9,2% em 2011, antes de se recuperar para 8,6% em 2013.
Em nossa visão, essa desaceleração é algo que leva a China a um ritmo muito mais sustentável avaliou Timmer. A China é um dos países que se pode argumentar que havia atingido restrições à capacidade.
O Globo
O avanço dos emergentes deve desacelerar para 5,3% em 2012, depois de ter registrado alta de 6,1% no ano passado.
De acordo com o relatório “Perspectivas da Economia Mundial”, divulgado nesta terça-feira, a economia do Brasil deve operar abaixo do potencial este ano, crescendo 2,9%, antes de seguir rumo a uma alta de 4,2% em 2013.
Segundo as previsões, o país deve continuar crescendo menos do que a região da América Latina e o do Caribe que, afirmou o estudo, opera de acordo com sua capacidade e deve registrar expansão de 3,5% em 2012, ante 4,3% em 2011. O Brasil só crescerá mais que a região em 2013, e apenas 0,1 ponto percentual.
Alertando para uma possível piora na situação da Europa, o Banco Mundial avaliou no relatório que nações em desenvolvimento devem reduzir suas dívidas de curto prazo, cortando déficits orçamentários e seguindo rumo a uma posição monetária mais neutra, para que as políticas possam ser abandonadas rapidamente se necessário.
Apesar do aumento das tensões financeiras globais, cerca de 60% dos países em desenvolvimento estão operando em linha com seu potencial ou acima, acrescentou o Banco Mundial.
O mercado de capitais global e o sentimento do investidor devem permanecer voláteis no médio prazo, tornando a definição de políticas econômicas difícil afirmou o diretor de perspectivas de desenvolvimento do Bird, Hans Timmer.
Ele disse que autoridades dos países em desenvolvimento devem se distanciar do combate a incêndios para fortalecer o potencial de crescimento, ao focar em reformas e investimento em infraestrutura em vez de reagir aos acontecimentos diários na economia global
As previsões sofreram poucas modificações em relação às anunciadas em janeiro. Quanto à economia global, que avançou 2,7% em 2011, o Bird afirmou que ela deve se expandir 2,5% neste ano, acelerando para 3% em 2013 e 3,3% em 2014 sem alterações frente à perspectiva de janeiro.
Para Bird, desaceleração da China será positiva para o país
Timmer advertiu que uma grave crise financeira ainda é possível, mesmo com um cenário de confusão sendo mais provável. Os mercados financeiros já estão no limite, com investidores migrando para a segurança de títulos da dívida dos governos alemão e americano, com temores de que as eleições gregas no domingo possam abrir as portas para que Atenas deixe a zona do euro.
Timmer afirmou que a resolução dos problemas da Europa é um desafio de longo prazo.
Não há bala de prata. Não dá para resolver problemas em um fim de semana. Existem mudanças estruturais necessárias para recuperar o potencial de crescimento na Europa e em outros países de alta renda completou.
As previsões atualizadas do Bird projetam que a economia da zona do euro se contrairá em 0,3% este ano, antes de retomar um crescimento de 0,7% em 2013 e 1,4% em 2014. O avanço foi de 1,6% no ano passado.
A instituição prevê também que o crescimento chinês atingirá uma taxa mais sustentável de 8,2% neste ano, depois de registrar 9,2% em 2011, antes de se recuperar para 8,6% em 2013.
Em nossa visão, essa desaceleração é algo que leva a China a um ritmo muito mais sustentável avaliou Timmer. A China é um dos países que se pode argumentar que havia atingido restrições à capacidade.
O Globo
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