"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 19, 2012

LIMITE DO CRESCIMENTO - MODELO DESGASTADO ! E O BC DA REPÚBLICA DA ENGANAÇÃO E brasil maravilha : Economia vai crescer menos de 3%.

Mesmo com o esforço que o governo vem fazendo para estimular os negócios por meio do aumento do crédito, de cortes de impostos e da redução das taxas de juros, a economia brasileira mostra sinais de desaceleração.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que é visto como uma prévia do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas no país) recuou em março pelo terceiro mês consecutivo.

A queda foi de 0,35% em relação a fevereiro, que também já tinha registrado retração de 0,38% na comparação com janeiro.


No acumulado do primeiro trimestre, o indicador mostrou crescimento de 0,15% sobre o últimos três meses de 2011 e de apenas 1,06% quando comparado com o primeiro trimestre do ano passado.

"Com esse resultado aumenta cada vez mais a probabilidade da expansão real do PIB ficar abaixo de 3% este ano. Aliás, acho que está caminhando para uma faixa em torno disse 2,5%", disse Eduardo Velho, economista-chefe da Prosper Corretora. Se a previsão para o ano se confirmar, a economia crescerá neste ano menos do que os 2,7% registrados em 2011.

Oficialmente, o governo mantém a estimativa de 4,5%, mas, nos bastidores, os técnicos admitam que essa meta está cada dia mais difícil.

O resultado do IBC-Br foi uma surpresa negativa para o mercado, que apostava em uma alta de 0,49%. Em relatório divulgado ontem, o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco,
Octávio de Barros, observou que o índice "contraria os sinais mais favoráveis vindos do consumo das famílias", que ainda permanece razoavelmente elevado.

O que tem puxado os indicadores para baixo, segundo os economistas, é o desempenho ruim da indústria, que deverá mostrar nova contração quando o IBGE divulgar o PIB do primeiro trimestre.

Juros

O fraco resultado do IBC-Br, ainda segundo Eduardo Velho, aumenta a probabilidade de o Comitê de Política Monetária (Copom) promover num corte maior do que o esperado na taxa básica de juros, a Selic, na próxima reunião, marcada para o fim deste mês.

"A julgar pela ata passada, virá mais uma redução de 0,50 ponto percentual, mas como a situação internacional piorou muito, não me surpreenderia que o Copom fosse mais ousado e baixasse a taxa em 0,75ponto percentual", observou.

Jankiel Santos, economista-chefe do BES Investimento é outro que acredita que a variação do PIB não vai passar de 3% este ano. "E será preciso acelerar muito no segundo semestre para chegar a isso", ponderou. De acordo com as contas feitas pela Prosper, para que o PIB do ano fique em 3% será preciso um aumento médio de 1,6% em cada um dos três outros trimestres de 2012.

"O problema é que os indicadores antecedentes da atividade econômica, tanto de abril como de maio, comportam uma expansão melhor em relação ao primeiro trimestre, mas ainda inferior a 1%. Ou seja, isso dificilmente vai acontecer", avaliou Eduardo Velho.


Nenhum comentário: